Seis semanas após o grave acidente sofrido no GP do Barein de Fórmula 1 em novembro do ano passado, Romain Grosjean revelou a evolução do tratamento das queimaduras em suas mãos. Já sem os curativos, o francês exibiu as cicatrizes nas mãos em fotos publicadas nas redes sociais, nas quais aparece segurando o gato da família e um de seus filhos e comemorou o avanço.
Em meados de dezembro, Grosjean já havia retirado as ataduras que cobriam sua mão direita, que sofreu menos danos na exposição ao fogo durante o acidente, ocorrido em 29 de novembro. Na ocasião, o francês atingiu o guard-rail nos primeiros metros após a largada e ficou preso dentro do cockpit de seu carro da Haas, em chamas, por 29 segundos, antes de ser resgatado e levado para um hospital próximo ao circuito.
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Grosjean recebeu alta do hospital após três dias de internação e ficou fora das duas últimas etapas da temporada 2020 da F1, no GP de Sakhir, também no Circuito do Barein, e no GP de Abu Dhabi. O francês foi substituído nas provas pelo brasileiro Pietro Fittipaldi e, com a conclusão de seu vínculo com a Haas, está fora do grid da categoria em 2021.
Desde então, o ex-F1 vem publicando atualizações sobre seu estado de saúde nas redes sociais. Na última semana, quase 40 dias após o acidente, Grosjean publicou uma foto comemorando a remoção temporária dos curativos de sua mão esquerda. Dessa vez, porém, a retirada das ataduras é definitiva.
Ao lembrar dos detalhes da batida, o francês relatou o que sentiu nos segundos iniciais após o choque contra o guard-rail. Ele revelou que, além de lembrar de Niki Lauda - tricampeão falecido em 2019 que também sofreu um grave acidente com incêndio em 1976 -, aceitou momentaneamente que iria morrer, mas acabou mudando de ideia ao pensar em seus filhos.
- Fiquei em paz comigo mesmo e senti que ia morrer. Comecei a me perguntar: "Vai queimar o meu sapato, o pé ou a mão? Vai ser doloroso? Como vai começar?" Mas pensei nos meus filhos e eu disse "não, eles não podem perder o pai hoje". Decidi virar meu capacete para o lado esquerdo e depois tentar torcer meu ombro. Percebi que meu pé estava preso no carro, então eu puxei o máximo que pude e meu pé saiu da sapatilha. Fiz de novo e meus ombros doeram; e eu sabia que ia pular - recordou Grosjean.
Sem contrato para a próxima temporada da F1, o francês disse ter a intenção de procurar algumas das equipes do grid para realizar testes particulares de "despedida" da categoria. Na época, Toto Wolff, chefe da Mercedes, disse que estaria disposto a dar uma chance para o piloto no W11, carro heptacampeão da equipe alemã.