A comissão de ética da Fifa pediu que o hondurenho Alfredo Hawit, ex-presidente da Concacaf, seja banido para sempre do futebol, assim como já havia feito com Rafael Callejas, ex-presidente da República de Honduras. Hawit foi preso em 3 de dezembro de 2015, em Zurique, na segunda onda de detenções de cartolas do escândalo de corrupção que abalou o futebol mundial.
Ele chegou a ser presidente interino da Concacaf, de maio a dezembro daquele ano, ao assumir o posto de Jack Warner, outro envolvido no Fifagate. Extraditado para os Estados Unidos em janeiro deste ano, ele se declarou culpado de extorsão, fraude eletrônica e obstrução de justiça.
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O cartola é acusado de ter recebido milhares de dólares em propinas na negociação de direitos de transmissão de torneios de futebol na América Latina e de jogos de eliminatórias de Copa do Mundo quando foi secretário-geral da Federação Hondurenha, de 2008 a 2014, sob a presidência de Callejas. Ambos também são investigados por lavagem de dinheiro.
Callejas, de 72 anos, foi presidente da Honduras de 1990 a 1994 e membro da Comissão de marketing e televisão da Fifa. Em março, o cartola se declarou culpado de extorsão e conspiração para fins de fraude e crime organizado, na investigação da justiça americana sobre o escândalo da Fifa, e aceitou pagar fiança de US$ 650 mil (R$ 2,1 milhões).
Ele é acusado de ter recebido propinas em troca da atribuição dos direitos de transmissão das partidas da seleção hondurenha nas eliminatórias da Copa do Mundo de 2014, 2018 e 2022 à Media World, empresa baseada em Miami. A suspeita é de que tenha embolsado US$ 1,6 milhão (R$ 5,5 milhões) entre março de 2011 e janeiro de 2013 e seu julgamento, inicialmente marcado para agosto, foi adiado para o dia 27 de janeiro de 2017.