Por Rafael Lopes e Reginaldo Leme
O Grande Prêmio do Brasil, no último domingo, marcou a despedida de Felipe Massa em um carro de Fórmula 1 do circuito de Interlagos. E com a vaga aberta na Williams, ficou a questão: quem vai assumir a vaga do brasileiro na temporada 2017? O Canal +, TV que detém os direitos da categoria na França, cravou, durante a transmissão da corrida: será o polonês Robert Kubica, fora da Fórmula 1 desde o dia 6 de fevereiro de 2011, quando teve um grave acidente no rali Ronde di Andorra e sofreu sérias lesões no braço direito.
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A informação ainda não foi confirmada oficialmente pela Williams, mas os blogs Voando Baixo e Sinal Verde trazem mais detalhes sobre o acordo, assinado dois dias após o GP do México. Duas coisas foram decisivas para o contrato de uma temporada do polonês com a equipe inglesa. Primeiro, é claro, a questão financeira: Kubica vai levar R$ 32 milhões (?8 milhões) para o time por meio de seus patrocinadores. Outro fator decisivo: a atuação de Nico Rosberg, campeão da F1 em 2016, e que integra o time de empresários do polonês desde o meio deste ano. O alemão foi essencial no processo de convencimento dos dirigentes da Williams.
Com a verba dos patrocinadores e a influência de Rosberg, a Williams aceitou dar a chance para o retorno do polonês à F1. Mas só após dois testes com o carro de 2014, a portas fechadas, em Silverstone e Hungaroring, ambos em outubro. O polonês andará pela primeira vez com o carro de 2017 da equipe inglesa após o GP de Abu Dhabi, daqui a duas semanas, no Circuito da Yas Marina. Vale lembrar que a equipe inglesa perderá dois patrocinadores importantes em 2018: a Randstad e a Avanade. Isso sem falar nas outras (péssimas) opções de pilotos: o escocês Paul di Resta, o alemão Pascal Wehrlein e o russo Daniil Kvyat. Kubica, de longe, era a escolha menos ruim.