Esta segunda-feira (8) promete ser o dia de maior desafio para a mobilidade urbana desde a abertura dos Jogos Olímpicos de 2016. E com a previsão de chuva no Rio de Janeiro, a orientação de autoridades municipais é que a população dê preferência ao transporte público.
"Quando nós mencionamos que será um grande desafio amanhã [segunda], por ser um dia útil, eu gostaria de fato de dizer que amanhã será o maior desafio", afirmou o secretário-executivo de Coordenação de Governo do município, Rafael Picciani.
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Picciani também reforçou o pedido que o prefeito Eduardo Paes fez em uma rede social neste domingo encorajando as pessoas a fazer uso da "carona solidária".
"É preciso um esforço da população, evitando o uso de automóveis para acessar as regiões onde as competições ocorrerão, e, certamente, os trajetos alternativos estarão impactados. Nós estamos sugerindo à população que desenvolva uma coisa que não é do hábito do carioca, mas é uma importante pedida para as grandes cidades, que é a carona solidária", sugeriu Picciani.
Ao lado de Picciani, o chefe-executivo do Centro de Operações da Prefeitura, Pedro Junqueira, detalhou como serão as interdições na cidade durante entrevista coletiva neste domingo (7) .
Segundo ele, os bloqueios ocorrem para a viabilizar as 20 modalidades que estarão em disputa em diversas regiões da cidade.
As provas de vela marcadas para esta segunda-feira vão provocar alterações no sentido Centro.
Estará interditada, por exemplo, a faixa da direita no Aterro do Flamengo para motoristas que sigam no sentido Aeroporto Santos Dumont e outras locais do Centro do Rio. De acordo com Junqueira, isso ocorrerá para viabilizar o acesso às equipes de vela, que competem na Baía de Guanabara.
No aeroporto Santos Dumont, alguns voos não vão ocorrer em determinado intervalo. O chefe-executivo do Centro de Operações explicou que as companhias aéreas já estavam alertas para isso e os voos foram remanejados.
Paes faz apelo neste domingo

O prefeito do Rio voltou a pedir, neste domingo (7), que a população utilize transporte público nos dias úteis durante a Olímpiada. Em uma rede social, ele sugeriu que amigos se juntem para andar de carro e que grandes deslocamentos sejam evitados.
"Uma vez mais gostaria de reiterar meu pedido aos cariocas: tomamos uma série de medidas para diminuir a circulação de carros na cidade", postou no Twitter, acrescentando ser fundamental para mobiliade de atletas e jornalistas que estão na cidade. "No entanto, sem colaboração das pessoas podemos viver um situação complicada", escreveu.
Desde o primeiro dia útil, na segunda-feira (1º), de operação das faixas olímpicas, exclusivas para a Família Olímpica - delegações, árbitros, dirigentes e outros credenciados -, o tráfego em vias como a Linha Amarela e Avenida das Américas ficou caótico para motoristas que não podem circular na pista reservada a credenciados. Antes do início dos Jogos, congestionamentos passaram de 100 quilômetros pela cidade.
"Caso usem carro, busquem juntar amigos para a carona. Não são dias normais e por isso precisamos da ajuda de todos. Vamos seguir mostrando que vamos entregar os melhores jogos da história", conclui o prefeito.
Na terça-feira (2), quando anunciou que quinta-feira (4) seria feriado, devido à passagem da tocha pela cidade, Paes já havia feito o mesmo pedido, para a priorização do transporte público. Na ocasião, o prefeito admitiu "transtornos" com a faixa olímpica.
"Essas faixas geraram transtornos em toda cidade, especialmente Linha Amarela, impactando de forma muito intensa na Barra da Tijuca, num trecho da Linha Vermelha."
O que é faixa olímpica?
As faixas exclusivas para a Família Olímpica começaram a valer no domingo (31). A multa para os motoristas não autorizados que trafegarem nas vias é de R$ 85 e perda de quatro pontos na carteira.
Na faixa dedicada (verde), nem mesmo ônibus municipais podem circular. Na proritária, coletivos, táxis e membros da família olímpica podem circular livremente.
Sobre o impasse das faixas olímpicas, o secretário executivo de governo Rafael Picciani disse que o recurso da prefeitura para a multa de R$ 1,5 mil foi enviado ao STF e aguarda julgamento.
"A multa não tem função arrecadatória. O alto valor serve de modo educativo. A gente sabe que R$ 85 é um valor que pode não inibir a violação desse importante mecanismo. Entendeu a justiça do nosso estado que isso violava o que diz o código nacional de trânsito.
A prefeitura do Rio ingressou com recurso no STF e aguarda julgamento. A prefeitura terá isso sim como dispositivo", explicou o secretário