Agosto: na ressaca pela saída de Neymar, o Barcelona perdia a Supercopa da Espanha ao ser completamente envolvido pelo maior rival e virava alvo dos mais diversos questionamentos. Dezembro: o mesmo Barça não toma conhecimento do Real Madrid e, com direito a passeio dentro do Santiago Bernabéu, fecha o ano com vitória por 3 a 0 sobre o rival - fora a grande vantagem na liderança do Campeonato Espanhol. Após quatro meses, a virada passa por Paulinho, Suárez e, sobretudo, Messi. Os três foram os grandes trunfos do triunfo fora de casa por 3 a 0, com direito a gols dos atacantes sul-americanos e de Aleix Vidal.
NINGUÉM POR PERTO
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A tabela mostra um pouco deste grande momento do Barcelona na temporada. Sem mais compromissos neste ano, o time de Ernesto Valverde encerra 2017 na liderança do Campeonato Espanhol com 45 pontos, nove à frente do vice Atlético (que perdeu na rodada para o vice Espanyol). Mais que isso, a diferença para o grande rival e atual campeão, Real Madrid, o quarto, aumenta para 14 pontos. Os merengues têm um jogo a menos por conta da participação no Mundial de Clubes.
PRIMEIRO TEMPO DO REAL
Com mais posse de bola (51,9%) e finalizações (9 x 4), o Real Madrid foi melhor no primeiro tempo e até acertou a trave, com Benzema - Cristiano também ainda teve um gol anulado. Mas a boa atuação de Ter Stegen, bem como a falta de pontaria merengue, garantiu o 0 a 0 no placar. Do outro lado, a parceria Messi e Paulinho funcionou e assustou duas vezes, só que Navas fez grandes defesas para evitar que o Barça saísse na frente.
SEGUNDO TEMPO DO BARÇA
O jogo mudou completamente no segundo tempo. Tanto é que em 18 minutos o Barça já vencia por 2 a 0 - fora o baile e as chances perdidas. Primeiro, Suárez recebeu bola redonda de Sergi Roberto para abrir o placar. Depois, Carvajal impediu com a mão o gol de Paulinho, foi expulso, e o juiz deu pênalti que Messi cobrou para aumentar. Curiosamente, o Real melhorou com um a menos e poderia muito bem ter diminuído, mas parou num Ter Stegen inspirado. No apagar das luzes, Messi ainda deixou Marcelo na saudade para rolar para Vidal fechar a conta do passeio no Bernabéu.
RECORDES E MAIS RECORDES
O show em campo no Bernabéu serviu para Messi aumentar algumas de suas marcas expressivas:
- 526 gols por um só clube nas top-5 ligas da Europa, deixando para trás o recorde de Gerd Müller, com 525 no Bayern.
- 25 gols no Superclássico, mais que qualquer outro jogador na história.
- 54 gols em 2017, deixando para trás Cristiano, Lewandowski e Cavani - todos com 53. Apenas Harry Kane, com 50 e mais dois jogos pelo Tottenham, ainda pode superá-lo neste ano.
MESSI LEVA A MELHOR SOBRE CR7
Nos números individuais, o argentino sobrou em relação ao rival. Além do gol e da assistência, criou nove chances (contra uma do rival), teve o dobro da posse de bola (5,4% x 2,8%) e acertou seis dribles (contra nenhum de Cristiano). Além disso, desarmou mais: 2 x 1.
FATOR PAULINHO
Dos três brasileiros em campo, o destaque de longe foi o único deles que vestiu a camisa do Barcelona. Contratado sob desconfiança no meio do ano, ele foi o responsável pelas duas únicas chances do Barça na primeira etapa, ambas delas em parceria com Messi. Além disso, provocou o pênalti convertido por Messi ao chutar a bola que Carvajal, expulso no lance, impediu de entrar ao usar a mão indevidamente na pequena área.
EQUILÍBRIO HISTÓRICO
Agora são 237 clássicos disputados até agora em competições oficiais. Os merengues levam pequena vantagem, com 95 vitórias, enquanto os catalães levaram a melhor 93 vezes - sendo que 49 jogos terminaram empatados.
NA TORCIDA
Acertado com o Real Madrid para se transferir quando completar 18 anos, Vinicius Júnior, que está na Espanha para conhecer um pouco mais de seu futuro clube, assistiu à derrota para o Barcelona no Santiago Bernabéu. Só não teve muitas razões para comemorar.
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