A Seleção Brasileira mais uma vez fez uma partida com pouca inspiração, mas ainda assim venceu o Equador por 1 a 0 na noite dessa sexta-feira, 6, no retorno às Eliminatórias da Copa do Mundo. Rodrygo marcou o gol da vitória no Couto Pereira, em Curitiba.
Com a vitória, o Brasil quebrou uma sequência de quatro jogos sem vitórias nas Eliminatórias, ultrapassou o próprio Equador e chegou à quarta colocação na tabela, com 10 pontos. A Argentina, com 18, lidera o qualificatório.
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COMO FOI
Sem ver a Seleção Brasileira em Curitiba há mais de duas décadas, o público lotou o Couto Pereira em uma noite de temperatura amena e vento frio — fazia 14 °C quando a bola começou a rolar na capital paranaense. Mas demorou para a ansiedade do torcedor virar empolgação. E, no fim, ainda teve vaias.
Isso porque, apesar de o Brasil entrar em campo com um time com vocação ofensiva, com Vinícius Jr. e Rodrygo pelas pontas, e com Luiz Henrique centralizado, a Seleção encontrou dificuldades para chegar ao gol de Galíndez.
Até então à frente do Brasil na tabela de classificação das Eliminatórias, o Equador foi a campo precavido, com uma formação com três zagueiros em linha. Assim, Vini Jr não conseguia sair da ponta e Luiz Henrique atuava mais como pivô do que como finalizador. Em suma, os chutes a gol eram escassos — foram duas finalizações no primeiro tempo — e invariavelmente sem perigo.
Ainda assim, o Brasil conseguiu abrir o placar. Aos 29, Lucas Paquetá encontrou Rodrygo na entrada da área e o camisa 10 da Seleção, com despretensiosa categoria, chutou no canto direito; mal colocado, Galíndez deu um passo para o lado e apenas viu a bola bater na trave e entrar. Foi o sétimo gol de Rodrygo pela Seleção Brasileira.
O placar parcial fez o Equador voltar menos fechado para o segundo tempo. O técnico Sebastián Beccacece mexeu em duas peças logo de cara no meio campo, e depois trocou a dupla de ataque, que se demonstrava inoperante frente à bem posicionada defesa do Brasil.
Mesmo com mais espaço, a Seleção Brasileira seguiu sem conseguir ameaçar o gol de Galíndez. E, a partir dos 25, passou a jogar mais de forma reativa, esperando os equatorianos em seu campo e explorando os contragolpes.
Para isso, Dorival Júnior sacou Luiz Henrique e colocou Estêvão no ataque; trocou Bruno Guimarães por Gerson no meio campo; e, depois, promoveu ainda as entradas de Lucas Moura, Wendell e João Gomes.
Mas o panorama pouco mudou, e a Seleção Brasileira seguiu chegando pouco ao gol do Equador. Para piorar, aos poucos o time foi aceitando o toque de bola equatoriano no campo de ataque, o que rendeu algumas vaias. No fim, a vitória por 1 a 0 valeu mais pela tranquilidade nas Eliminatórias do que para aliviar a saudade que sentia o torcedor.