Imagem
Menu lateral
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
Imagem
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

HOME > esportes > INTERNACIONAL

Após protesto de etíope, governo diz que atleta será bem-vindo ao país

Prata na maratona, Feyisa Lilesa cruza os braços em protesto contra repressões violentas

O governo da Etiópia reagiu ao protesto do maratonista Feyisa Lilesa, prata na maratona da Olimpíada do Rio de Janeiro, declarando que o atleta não vai enfrentar qualquer problema legal devido à sua postura política. Lelisa cruzou a linha de chegada com os braços cruzados erguidos, como forma de repudiar a repressão das autoridades às manifestações em seu país, e disse a jornalistas que temia por sua vida. O porta-voz do governo, Getachew Reda, afirmou à agência local de notícias que Lilesa será bem recebido, assim como seus colegas de equipe.

No início de agosto, dezenas de pessoas morreram em manifestações contra o governo etíope na região de Oromia. Os oromos vêm protestando há meses pelo que consideram uma perseguição injustificada por parte das autoridades etíopes e, até o momento, mais de 400 pessoas morreram desde o início das manifestações, segundo estimativas da organização Human Rights Watch (HRW). O medalhista fez o gesto na maratona como forma de apoio aos manifestantes e explicou que os braços cruzados são um sinal usado em protestos na Etiópia.

Leia também

- Talvez me matem quando eu voltar. Se não, eles vão me colocar na prisão, se não vão me barrar no aeroporto e me forçar a deixar o país. Talvez eu mude de país. Não decidi - afirmou Lilesa, após chegar ao pódio no Rio de Janeiro.

Os protestos começaram no início de dezembro do ano passado, após a aprovação de um plano urbanístico para expandir a capital Adis-Abeba, o que poderia colocar em perigo as terras de cultivo dos oromo, um povo tradicionalmente agrícola e seminômade. O governo acabou desistindo e cancelou esse projeto. 

As autoridades etíopes asseguraram em diversas ocasiões que os manifestantes têm "conexão direta" com grupos terroristas estrangeiros, em alusão à Frente de Libertação Oromo (OLF, na sigla em inglês), um movimento separatista que vem lutando há décadas pela independência da região de Oromia. A lei Antiterrorista etíope permite o uso o uso ilimitado da força pelas autoridades contra os suspeitos de atos terroristas, incluindo a prisão preventiva de até quatro meses, que frequentemente é acompanhada de tortura.

App Gazeta

Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos

Aplicativo na App Store

Tags

Relacionadas