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Chumbinho desabafa sobre acidente: "Não quero ser o mesmo surfista"

Classificado para Paris 2024, atleta diz que quer estar 100% até as Olimpíadas


			
				Chumbinho desabafa sobre acidente: "Não quero ser o mesmo surfista"
Salva-vidas que resgatou Chumbinho, Guilherme Tâmega diz que cordinha ajudou: "Grudado na prancha". Brian Bielmann / AFP

Três meses após o grave acidente que sofreu no mar de Pipeline, o surfista João Chianca, o Chumbinho, falou pela primeira vez sobre os detalhes do episódio vivido em dezembro de 2023. Classificado para Paris 2024, o brasileiro contou à revista Stab que chegou perder a sensibilidade do pé esquerdo, mas ressaltou que tem melhorado a cada dia para estar 100% nos Jogos Olímpicos.

Fora das quatro primeiras etapas do circuito mundial de surfe, o surfista disse não ser possível estimar uma data para seu retorno, por se tratar de um processo delicado. Apesar não participar da temporada como competidor em tempo integral, João reforçou que seu foco, neste momento, é em analisar a situação com cuidado para poder voltar mais forte.

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- Não quero apenas voltar a ser o mesmo surfista que eu era. Nem mesmo me sinto mais a mesma pessoa. As lesões nos ensinam muito. Nos ensinam a ser pacientes e a enfrentar coisas que são difíceis de entender, sobre as quais não temos controle, mas que estão destinadas a acontecer. Quero superar o nível em que eu estava surfando antes do acidente. Tenho um longo caminho a percorrer, mas é uma jornada empolgante para mim - disse, confiante.

Paris 2024

Chumbinho conquistou a vaga nos Jogos de Paris em agosto de 2023, após a etapa de Teahupoo na World Surf League. Desde o acidente, a dúvida sobre a participação do atleta pairava no ar. No entanto, João declarou à Stab que deseja estar totalmente recuperado para a competição.

- Quero estar 100% até as Olimpíadas. Mas essa lesão me ensinou que não posso colocar datas em nada. O processo ainda é delicado. Todo dia é uma vitória, mas também há derrotas. Você pode dar cinco passos à frente e, no dia seguinte, dar dois para trás. Não sei exatamente quando será, mas em breve estarei pronto para ser um competidor em tempo integral. Quem sabe em um mês ou dois eu já esteja pronto para tudo - desabafou.

Dia do acidente

Chianca não se lembra exatamente como tudo aconteceu. O atleta havia dormido na casa de sua namorada, a brasileira também classificada para Paris, Luana Silva. No dia seguinte, o surfista havia se dirigido para Pipeline em busca de boas ondas, pela manhã. Durante a sessão, seu leash (corda que prende o surfista à prancha) quebrou, e João precisou voltar ao ponto de apoio para pegar um novo.

- Lembro-me de pegar um leash novo, mas não me lembro de nada depois disso. Com base nos vídeos e nos relatos da minha equipe, eu estava pegando onda e me divertindo. Peguei duas ondas de Backdoor, mas caí em uma delas. Na verdade, o acidente aconteceu depois do wipeout. Peguei minha prancha e tentei remar direto para Backdoor, mas não o caminho todo em Pipe. Fiquei preso em um set. Consegui salvar a prancha na primeira onda, mas a segunda onda foi muito ruim - contou.

14 pontos e perda de consciência

João não sabe se chegou a bater a cabeça no fundo, mas contou que precisou tomar 14 pontos devido a um corte de grande extensão na parte de trás de sua cabeça. O atleta sofreu uma fratura do lado direito, que causou sangramento excessivo, relatado inclusive pelo hexacampeão mundial de bodyboard, que participou do resgate, Guilherme Tâmega.

- No quarto ou quinto dia, eu comecei a me recuperar e consegui conversar com minha família e com todo mundo. Tenho alguns flashes de memórias. Não é algo muito claro. A segunda semana no hospital foi em uma ala de reabilitação. Ao chegar lá, já estava falando bastante e me sentia bem melhor. Quando voltei a ficar consciente, a primeira coisa de que me lembro é que não conseguia sentir meu pé esquerdo, embora ele não tivesse cortes ou fraturas. Contei isso aos médicos imediatamente - disse.

Recuperação no Brasil

Em 20 de dezembro, Chumbinho voltou ao Brasil para iniciar seu processo de recuperação. Desde seu retorno, o atleta contou que parou de sentir dores de cabeça, tontura, dificuldade para andar e falar, sintomas que apareceram após o acidente. A preocupação maior de João foi seu pé esquerdo.

- No primeiro mês, foquei em recuperar minha força no pé esquerdo e desenvolver a rapidez necessária para ele ficar igual ao direito. Em 20 de janeiro, comecei a trabalhar novamente com meu preparador físico e a tentar voltar ao meu programa normal. Nos primeiros dez dias, foi muito difícil para mim voltar à rotina, mas isso tem melhorado - contou.

De volta ao mar

Depois de um longo período de recuperação, o surfista está de volta aos treinos no mar e disse estar grato por sentir que tem evoluído com todo seu esforço. Ainda assim, João sente a frustração de não ter atingido um nível competitivo ainda.

- No início, eu estava feliz só por estar na água em uma prancha de surfe novamente. Tenho sorte de estar seguro e saudável para voltar a fazer o que mais amo. Só preciso continuar trabalhando duro para chegar ao nível em que estava na última temporada, ou até mesmo superá-lo - disse o atleta.

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