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Bia pede apoio ao esporte feminino: "Difícil a mulher ser valorizada"

Tenista número 1 do Brasil e 13ª do mundo faz discurso pela valorização das mulheres após competição feminina


				
					Bia pede apoio ao esporte feminino: "Difícil a mulher ser valorizada"
Bia Haddad comemora ponto contra alemã na Billie Jean King Cup em São Paulo. Marcello Zambrana/DGW

Uma sexta-feira à noite e um sábado quase inteiro de arquibancadas lotadas no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, com mais de 8 mil torcedores por dia. Tudo para assistir e torcer pelo tênis feminino brasileiro. Cenas não antes vistas por Beatrizes, Carolinas e tocaram as mulheres que disputaram a Billie Jean King Cup, principal competição feminina entre países do tênis mundial.

Maior tenista da história do país nas últimas quatro décadas e atualmente a 13ª do mundo, Beatriz Haddad Maia também é porta-voz da equipe nacional que perdeu por 3 a 1 para a Alemanha e não avançou à fase final da apelidada Copa do Mundo feminina de tênis. No entanto, ao invés de lamentar a derrota em casa, Bia aproveitou os holofotes para pedir que a atenção sobre as mulheres continue, como neste fim de semana, e que haja ainda mais apoio a elas.

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- Quando falo em apoiar o esporte feminino, não falo de carreira de tenista profissional. O esporte é uma forma de educar, transformar e dar oportunidade para crianças. A carreira de tenista profissional é para poucos, eu sei. Quando falo (sobre o apoio) é porque ainda sei que vivemos em uma sociedade machista, que é difícil a mulher ser valorizada. A gente acaba tendo que fazer mais para ter a mesma voz, a mesma oportunidade. E eu gosto de usar minha voz para valorizar as mulheres, porque elas merecem. As tenistas da nova geração merecem mais oportunidades. Que a gente continue apoiando e que não esqueça deste fim de semana – afirmou Bia Haddad, em entrevista coletiva, ao fim, da competição que leva o nome justamente da tenista que lutou, há 50 anos, pela equidade de gênero e por premiações iguais a homens e mulheres.

Antes de abrir a entrevista coletiva com um discurso a favor do empoderamento feminino, ainda em quadra, Bia havia elogiado os torcedores que permaneceram até o fim do último jogo do sábado e pediu a manutenção dessa apoio às mulheres.

- A gente sempre fala em ganhar Grand Slam. Mas poucas vezes eu senti algo tão especial quanto entrar em quadra no meu país. Sou muito privilegiada. Então, que vocês sejam parceiros, não é fácil estar aqui. Continuem apoiando o esporte feminino no Brasil. Tem meninas chegando e a gente está cada vez mais forte como time, vamos criar novas oportunidades – disse Bia no saibro onde ela ganhou um jogo e perdeu outro contra a equipe alemã.

Atualmente, os quatro Grand Slam pagam premiações iguais nas chaves masculina e feminina. No entanto, a maior parte dos torneios ainda não apresenta essa realidade. Levantamentos recentes mostram que os prêmios para os homens são em média 75% maiores do que para as mulheres.

Nascida e criada em São Paulo, Bia não atuava na capital paulista há oito anos. Por ela e também por outros destaques da equipe brasileira, como as medalhistas olímpicas Laura Pigossi e Luisa Stefani, muitas crianças, mulheres jovens e adultas foram ao Ibirapuera dois dias seguidos e permaneceram no ginásio até a noite de sábado em busca de uma foto ou um autógrafo das atletas que são fãs.

- Foi emocionante entrar no estádio cheio, saber que os ingressos estavam vendidos há muito tempo. Puxadas pela Bia, claro, mas é muito legal poder viver tudo isso com elas. Temos a mesma idade, a gente joga junto desde pequenininha. A visibilidade que o tênis feminino está tendo é muito gratificante. Isso acontece porque a gente se entrega. Estava cheio de criança vendo e tenho certeza que elas vão se sentir inspiradas. A gente tá construindo isso – disse Carol Meligeni, de 27 anos, que atuou no último jogo do confronto contra as alemãs.

Carol substituiu Laura Pigossi, que estava previamente escalada para o segundo dia de disputas. Segundo a Confederação Brasileira de Tênis (CBT), a troca foi por "mudança de tática". O treinador principal da equipe, Luiz Peniza, comentou que Laura “sentiu um pouco a panturrilha” e, depois do aquecimento deste sábado, ele optou por Carol porque ela estava 100%.

Na sexta à noite, Laura Pigossi perdeu seu jogo para Tatyana Maria por 2 sets a 1, sentiu dores no joelho e, ao final da partida, câimbras. Antes, ainda na sexta, Bia Haddad também havia sido derrotada por Laura Siegemund. O Brasil sobreviveu no confronto graças à vitória de Bia Haddad na abertura dos jogos de sábado, minutos antes de Carol Meligeni entrar em quadra já com o ginásio um pouco mais vazio, mas vibrante da mesma maneira.

Com a terceira vitória em quatro duelos, a Alemanha fechou o confronto contra o Brasil e avançou à fase final do Billie Jean King Cup, que será disputada por 12 países em novembro, em Sevilha, na Espanha. O Brasil não fica entre as 12 melhores seleções da elite do tênis mundial desde 1982. Agora, as brasileiras também voltam a jogar em novembro, mas em um playoff precisando da vitória para permanecer na primeira divisão mundial. Se perder, retorna aos confrontos continentais.

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