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Atravessando e vencendo as agitadas ondas do mar e da vida

Com paralisia cerebral, paratleta alagoana de 19 anos coleciona um vasto currículo de conquistas


			
				Atravessando e vencendo as agitadas ondas do mar e da vida
Jadson já foi o técnico da filha, Maria Júlia. Fernanda Medeiros

Maria Júlia Monteiro Lima, de 19 anos, tem paralisia cerebral. Isso, no entanto, não a impede de fazer o que gosta: praticar esportes. Atleta de natação e maratonas aquáticas, pode-se dizer que ela atravessa e enfrenta as ondas agitadas do mar e da vida sem se deixar intimidar.


			
				Atravessando e vencendo as agitadas ondas do mar e da vida
Júlia com as medalhas que faturou no Brasileiro. Fernanda Medeiros

Recentemente, a garota conquistou o título brasileiro universitário. Voltou para Alagoas com três medalhas na bagagem: ouro, nos 100m peito, e dois bronzes, nos 100m e nos 50m livres. O Campeonato Brasileiro Universitário foi disputado em São Paulo, do dia 2 até o dia 5 de outubro.

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				Atravessando e vencendo as agitadas ondas do mar e da vida
Jadson Lima, pai de Júlia, também na França. Fernanda Medeiros

Pai da Júlia, Jadson dos Santos Lima já foi técnico dela, é formado na área e atualmente acompanha a filha nas competições. Josete dos Santos Lima (avó), acompanha a garota em todos os treinos, realizados na Adefal e no Centro Paralímpico de Pilar.

Jadson já foi atleta de futebol, jogou como zagueiro e volante. Ele e a esposa, a professora Maria Cristina Monteiro de Oliveira, são de Maceió, assim como o irmão de Júlia, José Gustavo Lima, que é atleta escolar. Apenas Júlia é de Pilar, onde a família tem um sítio. Mas todos moram em Maceió. Júlia é universitária, segundo o pai, “mesmo com toda a dificuldade e toda a sua limitação”. Ela faz o curso de Educação Física na Unicesumar, situada no Farol, em Maceió, e tem aulas semipresenciais.


			
				Atravessando e vencendo as agitadas ondas do mar e da vida
Maria Júlia, de 19 anos, com a bandeira da cidade de Pilar-AL, sua terra natal. Acervo pessoal

A maratonista disputou também, recentemente, o Campeonato Brasileiro Estudantil, o Campeonato Nordeste e a mais recente disputa foi justamente o Brasileiro Universitário, em São Paulo. À Gazeta, ela falou dessa última competição.

“Nos dias 3 e 4, eu participei das Paralimpíadas Universitárias. E foi, assim, incrível! Me ajudou muito na questão do amadurecimento, dentro e fora da água. Nadei três provas: 50 metros livres, 100 metros livres e 100 metros peito, e conquistei duas medalhas de bronze e uma de ouro. E foi incrível também porque eu tinha participado do Escolar (Estudantil) e vi que era muito diferente”, diz Maria Júlia.

“No Escolar a minha avó pôde me acompanhar, mas nesses Universitários não pôde, então, eu tive que me virar sozinha, no quarto com outras pessoas que, até eu chegar lá, não conhecia. Foi muito bom para mim, serviu para eu amadurecer nessa questão, e foi incrível!”, completa.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, o pai da Júlia relata as conquistas da filha e justifica. “A gente fez aquele vídeo lá no Centro Paralímpico Brasileiro (CPB) para conscientizar os pais. A gente vê muitos pais que não incentivam seus filhos com deficiência, e a gente sempre procura mostrar como vence todos os dias os preconceitos, as dificuldades”, diz. E acrescentou: “Então, muitas vezes, gostamos de compartilhar esses momentos, para que outros pais possam ver que, através do esporte, de incentivos, as crianças podem ser transformadas”.

Quando jogava futebol, Jadson atuou em Alagoas, em clubes como Agrimaq, CRB e Corinthians Alagoano. “Também joguei fora, no Vitória-BA, no Atlético Metropolitano-SC”, diz o ex-jogador.


			
				Atravessando e vencendo as agitadas ondas do mar e da vida
Maria Júlia em Paris, quando foi convidade para assistir às Paralimpíadas. Acervo pessoal

Mas, voltando à Maria Júlia, Jadson revelou que eles foram convidados a irem a Paris, nas últimas Paralimpíadas.

“Ela é atleta do Centro de Referência de Pilar, que é o Paralímpico Brasileiro, só que com sede em Pilar. Ela compete por Pilar. E foram escolhidos dois atletas com projeção futura para que, nas próximas Paralimpíadas, possam estar presentes. Ela e o atleta Germano foram os convidados como futuros atletas, com a possibilidade de estarem nas Paralimpíadas daqui a quatro ou oito anos. Como ela é uma atleta de referência do Estado, foi convidada pela Prefeitura do Pilar. E eu a acompanhei em Paris. Foi um momento único!”, encerra Jadson.


			
				Atravessando e vencendo as agitadas ondas do mar e da vida
Maria Júlia compete na natação e na maratona aquática. Acervo pessoal

UMA COLECIONADORA DE TÍTULOS

Eis alguns títulos conquistados pela alagoana:

2018 – Campeonato Norte/Nordeste Circuito Loterias Caixa (2018): 50m livres – ouro; 100m livres – ouro. Jogos Paralímpicos de AL: 100m livres – ouro; 100m peito – ouro; 50m livres – ouro; e 50m peito – ouro. Meeting Cearense de Paranatação: 50m livres – prata; e 50m costas – bronze.

2019 – Campeonato Alagoano: 50m livres – ouro; 100m livres – ouro; e 100m livres – peito. Paralimpíadas Nacionais Escolares: 100m livres – ouro; 100m peito – ouro; 50m livres – ouro; e 50m peito – ouro.

2021 – Desafio Águas Abertas: 1500m – ouro. Nos Jogos Estudantis de Alagoas: 50m livres – ouro; 100m livres – ouro; 100m peito – ouro.

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