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Padre Leonel Quaresma: dos gramados de futebol para o altar

Religioso nasceu em São Tomé e Príncipe, na África, jogou bola e hoje é pároco da Paróquia São José, no Trapiche


				
					Padre Leonel Quaresma: dos gramados de futebol para o altar
Padre Leonel mostrou sua intimidade com a bola. Ailton Cruz

Natural de São Tomé e Príncipe, oficialmente República Democrática de São Tomé e Príncipe, país insular do Golfo da Guiné (costa equatorial ocidental da África Central), Leonel Quaresma Vicente, de 56 anos, sempre gostou de jogar futebol, desde a infância. Mas, no decorrer da vida, uma missão divina lhe surgiu: o convite para participar de um encontro, mas não de atletas da bola e, sim, religioso.

E foi desta forma que ele iniciou a caminhada para se tornar padre, missão que segue até hoje, onde atualmente é pároco da Paróquia São José, no bairro Trapiche da Barra, em Maceió-AL, desde fevereiro de 2019. Isso mesmo. Leonel saiu de São Tomé e Príncipe e foi estudar em um seminário de Angola, mas o futebol nunca deixou de fluir em seu sangue.

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Os primeiros campeonatos que disputou foram na equipe da escola. Mas também jogou no time da rua e do bairro onde morava, em seu país natal. Lá ainda participou de grupos de jovens na igreja.


				
					Padre Leonel Quaresma: dos gramados de futebol para o altar
Leonel jogava bola com os amigos lá na África. Arquivo Pessoal

“A gente tinha time. Jogava um seminário contra outro. Isso aconteceu em Angola, no Congo, em Camarões. Sempre jogava um time de um seminário contra o outro", relembrou.

Antes de trocar as chuteiras pela batina, padre Leonel ainda jogou futebol profissional em Camarões, onde defendeu as cores do Racing Bafoussam, por um ano, e até sagrou-se campeão.

“Não era um time da primeira divisão, era uma equipe de uma divisão inferior, mas tinham os campeonatos”, disse Leonel, em entrevista recente ao jornal Golaço.

Após ser ordenado padre, Leonel ficou durante um ano trabalhando em Portugal, até que surgiu a oportunidade de vir para o Brasil. “Vim para o Brasil para fazer uma missão durante cinco anos. Desses cinco anos, já são 24 anos que estou aqui”, relatou.


				
					Padre Leonel Quaresma: dos gramados de futebol para o altar
Padre Leonel Quaresma no gramado do Rei Pelé. Ailton Cruz

Times preferidos

Ao chegar ao Brasil, padre Leonel residiu em Santos-SP, onde tornou-se torcedor do Santos, time onde Pelé brilhou com a camisa 10. E ele também tem o seu preferido no futebol alagoano.

“Eu não torço diretamente para um time, mas quando vim para o Brasil, fui morar em Santos e passei a torcer pelo Santos. Já em Alagoas, eu sou simpatizante do CSA", cravou.

E por falar no Rei Pelé, o padre Leonel teve a sua primeira chance de conhecer o campo do Estádio Rei Pelé, em Maceió. Isso acompanhado da reportagem do Golaço. Ele já tinha ido visitar o estádio alagoano, mas nunca tinha pisado no gramado. E não escondeu a felicidade. Até pegou uma bola e fez algumas embaixadas, mostrando que tem, sim, intimidade com a redonda.

Quando foi morar em Portugal, já tendo sido ordenado diácono, Leonel passou treinar em uma equipe da cidade de Tondela. “Eu fui passar um tempo em Portugal. Estava em uma época de muito frio e fui convidado a treinar em um time da segunda divisão, em Tondela. Como só passei três meses, fiquei só treinando. Depois fui embora", disse.

Padre Leonel começou a jogar sempre como camisa 9 ou 10. Depois passou a atuar no meio-campo. "Eu jogo em todas as posições. Eu jogava no meio-campo, na direita ou na esquerda, depois preferi jogar na defesa, na defesa central", revelou.


				
					Padre Leonel Quaresma: dos gramados de futebol para o altar
Leonel quando jogava futebol na África. Arquivo Pessoal

Ele também disse que já atuou como goleiro, mas só uma vez, em um treino. "Nas outras posições eu consigo jogar sem nenhuma dificuldade", garantiu.

O agora pároco da Paróquia São José está em Maceió há seis anos. “Sou responsável pela paróquia, que tem mais quatro capelas. Somos eu e um colega. Nós cuidamos das atividades religiosas da paróquia e das comunidades que fazem parte dela", disse.

Como o futebol ainda está em suas veias, ele já realizou algumas partidas na praia, com jovens, e, recentemente, foi convidado para jogar com paroquianos que fazem parte do grupo de casais da igreja.

Ao ser perguntado pela Gazetaweb sobre o que é mais desafiador: ser jogador de futebol ou sacerdote? Ele respondeu: "Os dois desafios são de altíssima importância, até porque são desafios de ordem diferente. São exigentes; precisa do esforço, da qualidade, dom próprio para cada atividade e empenho".

E acrescentou: "Ser jogador, tem lá suas exigências e rigor; e ser sacerdote também tem lá suas exigências, rigor e disciplina".


				
					Padre Leonel Quaresma: dos gramados de futebol para o altar
Padre Leonel esbanja simpatia e alegria em visita recente ao Estádio Rei Pelé. Ailton Cruz

A reportagem também quis saber se ele tem saudade do tempo em que jogava futebol. E o sacerdote disse: "Eu tenho, sim, porque eu gosto muito de jogar futebol de campo e futebol 5".

Leonel também não titubeou ao falar sobre quem são suas referências no mundo da bola. “Eu gostava muito de acompanhar o jogador holandês Patrick Kluivert, que jogou muito bem no Barcelona. Já aqui no Brasil, tinham o Bebeto, o Romário, o Dunga... Falavam muito daquela Seleção Brasileira de famosos. Tinha também o Guardiola, entre outros", encerrou.

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