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HOME > esportes > ALAGOANO

Na natação, paratleta alagoano vem se destacando nos Jogos Universitários

Com vários títulos regionais e nacionais, Júnior Alexandre tem chances de defender o Brasil nos Jogos Parapan-Americanos em 2018

Após ter se acostumado a vibrar com as conquistas do velocista Yohansson Nascimento, Alagoas está vendo surgir mais um talento no paradesporto. Aos 30 anos de idade, o nadador Júnior Alexandre vem fazendo da piscina sua verdadeira casa, ao conquistar títulos expressivos para o estado.

Neste ano, o alagoano repetiu o feito de 2016 e sagrou-se bicampeão brasileiro de natação, nos Jogos Universitários (JUBS), em Goiânia. Feito que lhe rendeu uma pré-convocação para representar o Brasil nos Jogos Parapan-Americanos Universitários no próximo ano em São Paulo. ÀGazetaweb, o atleta revelou que está se dedicando ao máximo para voltar com um bom desempenho.

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- Eu estou treinando de segunda a sábado, incansavelmente, com o meu técnico. Acredito que para conseguir algo na vida, é preciso ter muito empenho no que você faz. E isso é o que busco a cada dia dentro da piscina. Inclusive, neste final de ano vou ter apenas uma semana de férias. Tudo para ser o melhor no Parapan-Americano.


				
					Na natação, paratleta alagoano vem se destacando nos Jogos Universitários
FOTO: Cortesia

Em 2002, devido a um tumor em sua coxa esquerda, Júnior foi obrigado a passar por um processo cirúrgico, no qual amputou parte do seu fêmur. Com a amputação, o alagoano passou a ter uma perna menor do que a outra, e necessita de um tênis adaptado para se locomover.

Apesar da deficiência, o nadador faz questão de afirmar que possui uma vida normal, como qualquer outra pessoa.

- Mesmo tendo uma perna 10 centímetros mais curta que a outra, eu consigo levar uma vida igual a todo mundo. Claro, que preciso de algum auxílio em viagens, para transportar minhas bagagens, por exemplo. Mas, tirando isso, pego ônibus todos os dias, vou para a faculdade, saio com meus amigos, tudo dentro da normalidade.


				
					Na natação, paratleta alagoano vem se destacando nos Jogos Universitários
FOTO: Isaac Simões

Aliás, dois anos após a cirurgia, Júnior conquistou sua primeira medalha de ouro na natação, quando participou do Aberto de Caruaru, em Pernambuco. De lá para cá, ele não parou mais de subir no pódio. Para se ter uma ideia, além dos muitos títulos a nível estadual, o nadador já acumula 15 medalhas em campeonatos brasileiros, sem contar nas duas mais importantes de sua carreira: O ouro nos 50 metros livres e 100 metros costas, conquistados durante o Open Internacional de São Paulo em 2014. Ele lembra com carinho deste momento.

- Ah, foi muito incrível aquele dia. Porque, você disputar uma competição representando não somente o seu estado, mas o Brasil, e ainda por cima conseguir bons resultados, não tem preço que pague. Sem dúvida, foram as duas medalhas mais importantes da minha carreira.


				
					Na natação, paratleta alagoano vem se destacando nos Jogos Universitários
FOTO: Isaac Simões

Os gastos com os equipamentos necessários do esporte, chegam há mais de mil reais semestrais. Por isso, o paratleta depende necessariamente do financiamento de sua equipe e da bolsa que recebe do governo para continuar competindo e viajando. Ele enxerga este fato como positivo.

- Acredito que existem males que vem para o bem. Infelizmente, tive que amputar parte da minha perna, em compensação me tornei um amante do esporte, e sou pago por isso. Portanto, enxergo a minha vida de uma forma positiva, atualmente. Sou feliz.

Como está focado em competições universitárias, Júnior admite não pensar mais em defender o Brasil em uma Paralimpíada, e afirma que a natação já lhe proporcionou os melhores momentos de sua vida.

- Eu já estou com 30 anos e, sinceramente, não penso mais em ir para uma Paralimpíada. Mas, isso não me entristece, porque foi com a natação que passei por experiências, que jamais pensei vivenciar. Além disso, embarcando paras as competições, eu conheci muitos lugares do Brasil e realizei sonhos.


				
					Na natação, paratleta alagoano vem se destacando nos Jogos Universitários
FOTO: Cortesia

Caminho contrário nos estudos

Morador do bairro da Ponta Grossa, em Maceió (local onde Yohansson cresceu), o nadador agora divide seu tempo de treinos com o trabalho e a faculdade. Apesar de paradesportista, Júnior resolveu seguir nos estudos um caminho diferente das piscinas, entrando para o curso de direito. Ele explica o motivo da escolha.

- Muitos me perguntam o porque de não ter escolhido entrar para uma faculdade de educação física. Mas, acredito que o esporte já está presente de todas as formas na minha vida, e mesmo quando eu parar de competir, ainda vou nadar por prazer e para cuidar da saúde. Portanto, cursando direito eu vejo que fico mais perto de passar em um concurso com vagas para pessoas com deficiência.

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