O técnico Marcelo Cabo vinha pressionado pela torcida azulina, por causa dos últimos resultados obtidos pelo CSA, sobretudo na Copa do Nordeste, quando foi eliminado da competição. A torcida estava insatisfeita com o Azulão e a pressão era tremenda no Mutange, pois muitos até viam o time como o favorito para o clássico contra o CRB, neste domingo, no primeiro jogo da decisão do Campeonato Alagoano.
Após a vitória sobre o Galo, por 1 a 0, gol de Robinho, o treinador azulino pareceu mais tranquilo e, por que não dizer, aliviado. Ele destacou o bom resultado, apertado, mas que não deixa de ser um grande resultado, e afirmou que houve muita entrega por parte de seus comandados. este foi outro ponto positivo do Azulão, na partida deste domingo.
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"Acho que é isso que a torcida quer, que todos querem, ver o time com a entrega, com a alma, honrando a camisa do CSA. E a gente cobrou isso essa semana. Alguns jogadores também não jogavam 90 minutos, muito tempo, como o Patrick Fabiano, o Carlinhos, que sentiram muito no final do jogo. O Matheus Sávio com uma função nova que ele exerceu, fez um grande jogo, cumpriu uma função tática elaborada para ele.".

"É uma vitória importante. Nos primeiros noventa minutos a gente foi bem, no primeiro tempo. Faltaram algumas ações, como uma melhor tranquilidade, uma melhor tomada de decisões no último terço, mas a gente teve o controle do jogo. A gente estava fazendo muitas faltas do lado da área e isso levava um perigo tremendo do CRB na nossa área. E a gente estava chegando um pouco atrasado nas jogadas e proporcionamos boas bolas paradas para o CRB, no primeiro tempo, onde eles levaram muito perigo", analisou.
E prosseguiu, durante a entrevista coletiva, após o jogo: "No intervalo, a gente teve um bate-papo bom com os jogadores, buscamos aquilo que precisava ser corrigido, principalmente essetimeque a gente estava chegando atrasado, proporcionando as bolas paradas ao CRB, mas a gente estava com o controle do jogo, muito bem posicionado e melhoramos, no nosso último terço, a tomada de decisões final".

Ele lembrou que houve uma boa marcação por parte do time do CRB, viu que o adversário dobrou bem o lado da marcação e propôs espaço para o jovem Mauro Silva e para Dawhan jogarem. "Eles conseguiram construir bem o jogo na cabeça de área. No segundo tempo, o encaixe foi melhor do que aquilo que a gente propôs pro jogo. E a gente conseguiu chegar bem pelos lados do campo, como não conseguimos chegar no primeiro tempo. Enfim, é um clássico, um duelo, um jogo de detalhe. A gente sabe que o jogo seria decidido no detalhe".
Marcelo Cabo revelou que o CSA ficou muito atento, com um nível de concentração muito elevado, sobretudo por causa dos gols que vinha tomando no início dos tempos dos jogos. Por isso mesmo, trabalhou toda esta situação durante a semana. "Estávamos tomando muitos gols no início de cada período de jogo. Então, houve um trabalho para que isso melhorasse e, graças a Deus, a gente conseguiu pegar uma equipe qualificada e não tomar gols no início do primeiro nem do segundo tempo".

O jovem volante Mauro Silva foi para o clássico e deu conta do recado. Claro, recebeu elogios do treinador azulino. "É um jovem talento, tem o seu valor, vem de uma segunda divisão do Campeonato Carioca. Ele precisava dessa maturação, aos poucos sendo lançado, e a gente viu que ele estava preparado para jogar um jogo desta magnitude. É um jogador quem tem apenas 24 anos, muita personalidade, muita qualificação técnica. E eu tenho certeza que ele vai evoluir mais em prol do CSA", afirmou.
Cabo revelou que gostou muito da postura da sua equipe, do que ela apresentou em campo. "Eu acho que o final do jogo foi reflexo do que os jogadores honraram, se doaram, deram algo mais do que a gente precisava para poder sair vitorioso neste primeiro jogo da final. Quando você joga um jogo dessa magnitude você tem que ter algo mais para alcançar os seus objetivos", destacou.
E encerrou: "Graças as Deus, deu certo. Agora é muita humildade, muito pé no chão. A gente precisa fazer uma nova semana, melhor do que a gente fez anteriormente, porque a gente sabe a magnitude do adversário e sabe que precisa estar muito mais forte no próximo jogo, para decidir o campeonato".