Após a tragédia da mineração da Braskem, que inutilizou o CT do Mutange, o CSA apresentou nesta quarta-feira (3) o projeto do novo CT do clube, que será localizado próximo ao Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares. Em entrevista coletiva, com os quatro arquitetos que elaboraram o projeto, a diretoria apresentou para a torcida o futuro Centro de Treinamento do clube.
No novo CT, os atletas vão contar com uma estrutura de ponta, vista em times que disputam a Série A do Brasileiro. Com 5.300 metros quadrados de área construída, o projeto conta com cinco campos de medidas oficiais, sendo um com grama sintética. Contará também com dois hotéis, que serão construídas para base e profissional. Serão 14 quartos com capacidade para 56 atletas para as categorias de formação do azulão e mais 24 quartos comportando 48 atletas para o elenco principal. Além disso, o CT contará com uma área destinada para, em um segundo momento de obras, contar com uma arena onde o Azulão poderá mandar seus jogos profissionais.
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André Coelho, Bianca Tenório, Joálisson Carvalho e Marthina Albuquerque foram os responsáveis pela idealização do projeto, que contou com uma integração com todos os departamentos do clube e seus funcionários.

O projeto, que foi anunciado ainda no ano passado para ser entregue em 2021, sofrerá com um atraso. De acordo com André Coelho, a expectativa de entrega é de um ano à um ano e meio de obras.
“O projeto foi pensado para redução do tempo da construção. Com a tecnologia da construção poderemos enxugar o prazo. Não será entregue ainda este ano, mas vai ser reduzido o máximo possível o tempo de obra”, afirmou o arquiteto.
Questionado sobre o valor que o clube gastará para a construção, André não definiu nenhum número. Segundo ele, com a pandemia, os valores dos materiais de construção variam muito durante a pandemia, o que impossibilita dizer um número neste momento.
“Não tem como dizer valores no momento. Diante de uma pandemia, os valores dos materiais estão oscilando bastante. O que a gente pode afirmar é que estamos fazendo o possível para que os valores sejam reduzidos ao máximo”, disse.
Mesmo com o novo CT, a memória afetiva de torcedores e funcionários com o CT do Mutange não será deixada de lado. Marthina Albuquerque afirma que algumas características da antiga sede serão trazidas para a nova.
“Muitos dos projetos desenvolvidos no complexo do Mutange foram reaproveitados. Trouxemos alguns elementos característicos de lá. Temos a nossa Santa, padroeira do CSA, um lugar especial pra ela. Fazemos alusão também, no paisagismo, ao caranguejo para lembrarmos de nossa lagoa, do nosso Mutange. Com as plantas, também faremos referências, plantando mudas que eram do Mutange. Não podemos perder e esquecer as origens do CSA”, revelou.
O sonho de ter um próprio estádio também não foi deixado de lado. Bianca Tenório falou um pouco sobre o futuro projeto de ter uma arena moderna dentro do projeto do CT.
“A arena será um segundo passo. Vamos entregar o primeiro passo, que é o projeto do CT Gustavo Paiva e atendendo todas as necessidades do time, dos funcionários e da torcida. Precisamos de nossa casa de volta. A arena está sendo feito ainda um estudo para colocarmos uma capacidade que possamos mandar jogos oficiais lá. Isso é um estudo minucioso que estamos tendo, com um pouco mais de tempo para executar. Mas o campo vai estar lá e o espaço em torno será destinado à arena. Não posso te dar uma data”, afirmou a arquiteta.

Para a realização desse projeto, a equipe estudou extensivamente CTs de ponta em todo o Brasil, mas a pandemia acabou limitando o aprofundamento desses estudos. Sem poder visitar muitos deles, a equipe contou com a boa relação com a administração de clubes pelo país para chegar ao projeto apresentado.
“Como estamos em uma pandemia, a passagem livre para esses CTs não foi liberada. Tentamos, buscamos, mas o físico não pudemos ir até lá. Mas com boa relação, buscamos o Athletico-PR, o Atlético-GO, conversamos. O presidente nos mostrou o projeto, conversou com a gente”, completou Bianca.