O primeiro clássico deste ano entre CRB e CSA será realizado com a presença das duas torcidas no Rei Pelé, em Maceió, no próximo domingo (4). A informação foi confirmada pela Federação Alagoana de Futebol (FAF). Os rivais não se enfrentam desde a decisão do Estadual de 2017, que reuniu, nas arquibancadas, apenas torcedores do clube mandante, o CSA, após acordo entre clubes, Ministério Público, Polícia Militar e federação local.
Apesar de a FAF confirmar as duas torcidas no Clássico das Multidões, ainda não há informações sobre como será a divisão da carga de ingressos. Na próxima sexta-feira (2), o Comando de Policiamento da Capital (CPC) vai se reunir com a FAF, clubes e torcidas para a definição do esquema de segurança no dia do jogo. A PM, inclusive, vai recorrer à escala extra para garantir que todos possam se dirigir ao estádio sem qualquer intercorrência.
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Em 2017, a partida da final com torcida única se deu por recomendação do Ministério Público de Alagoas, em razão dos sucessivos casos de violência entre as torcidas "organizadas" de CSA e CRB.
ÀGazetaweb, o secretário de Segurança Pública de Alagoas, coronel Lima Júnior, disse ainda defender que os clássicos sejam realizados com a presença de apenas uma torcida. Contudo, garantiu que a polícia vai trabalhar - antes, durante e após o confronto - no sentido de que as famílias possam assistir à partida em segurança.
"Minha posição contínua a mesma do ano passado: para a Segurança Pública, o melhor é que o clássico fosse realizado com torcida única. Mas a Polícia Militar vai novamente elaborar todo o planejamento para o dia deste jogo, contando, inclusive, com escala extra de militares. Esta partida vai servir para observarmos o comportamento das torcidas. Havendo problemas, os jogos podem voltar a ser com torcida única. O que precisa ser destacado é que a segurança dos alagoanos está acima dos interesses dos clubes e da federação", afirmou o secretário.
Em 2016, a grande final do Alagoano, entre CSA e CRB, terminou com cenas de selvageria no gramado do Rei Pelé, que acabou transformado em um verdadeiro ringue. À época, mais de 10 pessoas chegaram a ser presas, com a Justiça decidindo por torcida única nos clássicos do ano seguinte, também pelo Estadual.