Mais de oito mil crianças do Rio de Janeiro e São Paulo enxergam no basquete o caminho para fugir da violência em suas comunidades e, assim, sonhar com um futuro melhor. Por meio de uma pareceria encabeçada pelo vice-presidente da NBA para a América Latina, Arnon de Mello Neto, a liga americana promove o projeto "Jr. Nba" em comunidades cariocas e paulistas, que visa oferecer o basquete como uma opção esportiva para meninos e meninas de todas as idades. A ação já era realizada em mais de 30 países e só chegou ao Brasil em 2015, graças ao trabalho de Arnon de Mello. Diante dos resultados, o escritório da NBA no Brasil quer expandir o projeto para outras cidades.
Nas mais diversas comunidades onde o projeto já está em execução, a entidade oferece aulas, uniformes, material de treinamento, além de treinos supervisionados por especialistas. Segundo a NBA, o programa tem também como um dos seus principais objetivos despertar a paixão pelo basquete na juventude, ensinando os fundamentos do esporte, priorizando valores importantes, tais como liderança, respeito, trabalho em equipe e vida saudável. Em meio à violência que a juventude enfrenta diariamente, o esporte funciona como propulsor de uma vida longe da criminalidade.
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"Estamos muito felizes com os resultados e existe, sim, a vontade de ampliar. Em parceria com a Secretaria de Esportes do Rio de Janeiro, inauguramos um núcleo no Complexo Esportivo da Rocinha, área que respira esporte e tem uma história muito ligada ao basquete. Além desse núcleo, firmamos uma parceria com o Projeto Gibi (Grupo de Iniciação ao Basquete Infantil), onde abraçamos uma iniciativa que beneficia mais de oito mil jovens e crianças no Rio e em São Paulo. Nosso objetivo é atingir o maior número possível de jovens e crianças. Só este ano, em números globais, o Jr. Nba ultrapassou 6,5 milhões de beneficiados com o projeto em todo o mundo", expôs Arnon.
O Jr. Nba está dividido em duas frentes: uma, inaugurada em abril deste ano, diz respeito ao núcleo do Complexo Esportivo da Rocinha, e a outra, lançada em novembro de 2015, numa iniciativa com o projeto Gibi. Na Rocinha, são duas turmas com duas aulas semanais, enquanto no Gibi, onde a ação atinge mais de 70 escolas públicas no Rio de Janeiro e São Paulo, as aulas são no contra turno. Todos os professores foram treinados, capacitados com a metodologia da NBA em mais de 30 países. O projeto ganhou o apoio de uma das principais estrelas brasileiras em atividades na principal liga de basquete: Anderson Varejão se mostrou empolgado com a ação.
"O esporte é uma das mais importantes ferramentas de inclusão social. Molda caráter, ajuda a desenvolver cidadãos através de valores e conceitos fundamentais para o convívio na sociedade, como trabalho em equipe, liderança, comportamento, ajudando a estimular habilidades e confiança. Por meio do esporte, meninos e meninas podem sonhar com um futuro melhor e o nosso objetivo com os projetos não é encontrar atletas, mas, sim, vê-los crescer num ambiente saudável", frisou Arnon.