
O ano de 2024 do CRB foi um misto de emoções. O que começou com conquistas e resultados importantes, terminou em susto, que quase culminou em uma crise sem precedentes para o futuro.
O ponto alto regatiano foi justamente nos cinco primeiros meses de 2024. Comandado pelo técnico Daniel Paulista, que, pela primeira vez, iniciou a temporada na equipe, havia uma alta expectativa entre os torcedores para uma jornada feliz.
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E o CRB fez valer toda essa expectativa. Na primeira competição do ano, o Campeonato Alagoano, a equipe deu show. Estreou vencendo o Penedense por 1x0 e iniciou sua caminhada rumo ao título. Foram seis partidas sem perder. O único revés foi com o time reserva, na última rodada da primeira fase, quando tomou 2x0 do ASA.

Apesar disso, no mata-mata o CRB voltou a ser eficiente. Eliminou o Murici e reencontrou o Alvinegro na decisão. Na ida, venceu por 1x0, com gol de Anselmo, em Arapiraca. Na volta, venceu por 3x1, com gols de Hereda, Anselmo e Matheus Ribeiro, para se consagrar com o 34º título de sua história.
COPA DO NORDESTE
Em meio à disputa do Estadual, o Galo entrou de cabeça na Copa do Nordeste. O objetivo inicial era pelo menos alcançar a semifinal, mas foi além. Na primeira fase, venceu quatro partidas, empatou três e perdeu apenas uma, para o milionário Bahia.
Nessa campanha, superou ainda o Fortaleza, tido como favorito ao título. O CRB avançou para o mata-mata em 2º lugar no Grupo A e caiu no duelo com o Botafogo-PB, dentro de casa.
Apesar do favoritismo, empatou por 0x0 e precisou de uma bela atuação de Matheus Albino nos pênaltis para avançar. Na semi, outra muralha: reencontro com o Bahia, em Salvador. O jogo foi um dos mais difíceis da temporada, mas o time regatiano segurou o 0x0 e se classificou nos pênaltis.
De volta a uma final de Copa do Nordeste após 30 anos, o Galo tinha a melhor campanha, por isso decidiu o segundo jogo em casa, contra o Fortaleza. No Castelão, vitória leonina por 2 a 0, o que encaminhou a taça.

Porém, em um Rei Pelé lotado, o CRB quase mudou a história. Com dois gols de João Neto, a equipe devolveu o resultado e levou a decisão para os pênaltis. Contudo, após Anselmo Ramon desperdiçar a primeira cobrança, o título não veio.
COPA DO BRASIL
O início de ano também contemplou a Copa do Brasil, que começou para o CRB no Acre. Após empatar por 0x0 com o Rio Branco, o time alvirrubro avançou para a 2ª fase, onde encarou o Athletic. No Rei Pelé, vitória por 2x0 e vaga na 3ª fase garantida.
Em meio a gigantes, o Galo foi sorteado para enfrentar o Ceará. Em casa, venceu por 1x0, e na volta repetiu o resultado, alcançando as oitavas de final pela segunda vez na história. Porém, o adversário que veio foi o Atlético-MG.

Mesmo não sendo favorito, o CRB abriu 2 a 0 em pouquíssimos minutos contra o Galo, no Rei Pelé. Porém, tomou o empate e no jogo de volta não resistiu. Tomou 3 a 0 e foi eliminado.
SÉRIE B
A ''cereja do bolo'' da temporada foi o Brasileirão. Ao menos era para ser. Envolvido em diversas competições e com o elenco curto, o CRB não chegou nem perto de figurar no G4 e ficou a maior parte do campeonato entre os dez últimos colocados.

Fora isso, algumas situações acarretaram problemas, como a saída do meia Jorginho, a fase sem gols do atacante Anselmo Ramon e as constantes lesões de alguns jogadores.
Logo na 10ª rodada, o CRB entrou na zona de rebaixamento e demorou para sair. Com o foco na Copa do Brasil e Copa do Nordeste, os resultados começaram a não aparecer e o time acumulou uma sequência de 13 partidas sem vencer, o que ocasionou a queda de Daniel Paulista.

Ele foi substituído por Bruno Pivetti, que durou apenas três jogos. Por fim, o escolhido foi Hélio dos Anjos, que comandou o clube na reta final e conseguiu deixar o clube em 16º lugar, com 43 pontos.