A alagoana Amanda Brito, de 29 anos, disputou e conquistou o 1° lugar no Ironman 70.3, categoria 25-29 anos, que foi realizado em Aracaju-SE, no último dia 24 de novembro.
Ao ser procurada pela reportagem da Gazeta, para falar sobre sua “aventura” e paixão esportiva, no caso, o triatlo, ela disse: “Essa matéria é para sair onde? É que eu não gosto muito de exposição (risos)”.
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O tamanho da sua timidez, porém, não é maior do que a sua garra quando está disputando as competições. Isso mesmo. Muito sincera, ao falar sobre o fato de ser tímida, Amanda justificou, novamente sorrindo: “Eu realmente não gosto de exposição. Fico nervosa”.
Mas não teve jeito. Amanda de Oliveira Brito logo perdeu a timidez e, sempre sorridente e esbanjando simpatia, tornou-se a nossa personagem desta matéria e nos contou um pouco sobre seu desafio no triatlo e sobre a conquista lá na capital sergipana. “É uma prova desafiadora porque une três modalidades, mas também é gratificante e com muitas histórias de superação!”, disse.
Ela tem como treinador Kenned Mitomari, da Santi Treinos - assessoria de treinamentos online de triatlo, corrida e ciclismo, que trabalha com atletas de nível iniciante ao avançado, e que fica localizada na orla da Ponta Verde. Inclusive, outros alunos do professor Kenned também ganharam pódio na competição em Aracaju.
E Amanda não está sozinha nesta prática esportiva, uma vez que o namorado dela, Bruno Albuquerque, também é triatleta. “Treinamos juntos e ele também participou da prova (Ironman)”, disse a advogada, que está fazendo uma segunda graduação: Psicologia.
Essa foi a primeira vez que Aracaju sediou o evento, reunindo triatletas de diversas partes do Brasil e do mundo. Sobre a competição, existem dois tipos de provas: o 140.6 Ironman, que é um triatlo de longa distância e consiste em 3,8km de natação, 180km de ciclismo, 42,195km de corrida; e o 70.3 Ironman, uma versão mais curta da prova, onde o competidor nada 1.9km, pedala 90km e corre 21,1km.
“Essa que eu fiz foi a primeira edição em Aracaju. Essa prova entrou no lugar da prova do Circuito de Maceió, que a gente tinha até o ano passado. Então, essa foi a primeira edição na capital sergipana”, disse, acrescentando que a prova foi dividida em grupos, em faixas etárias. “Eu ganhei a minha faixa etária em primeiro lugar (25-29 anos) e fiquei em sétimo no geral da prova. Essa prova geral realmente só ganham os três primeiros”, disse.
A alagoana finalizou a prova com o tempo de 4 horas, 51 minutos e 25 segundos, sendo a primeira colocada entre 16 participantes da categoria Faixa Etária; 7ª colocada de 182 participantes da categoria Gênero.
Amanda revelou que é praticante do triatlo há dois anos, acompanhada por sua assessoria esportiva. “A preparação para a prova, para essa prova em questão, foi de cerca de três meses. Mas eu treino diariamente”, disse.
Ainda sobre o Ironman em Aracaju, ela disse que tinha cerca de 960 atletas, incluindo atletas de Maceió. “Eu completei a prova em 4h51min. Eu acho que o alagoano que completou a prova melhor do que eu foi em 4h24min. E ele foi o quarto colocado na categoria dele”, observou.
E ainda falando em categorias, elas são as seguintes Faixa Etária Masculina (18 anos até acima de 80 anos), Faixa Etária Feminina (18 até acima de 80 anos) e Portador de Necessidades Especiais (PNE) e Revezamento.
Vagas para o Mundial
Normalmente, essas provas distribuem vagas para o Mundial, mas Amanda está tranquila, pois, segundo ela, a vaga dela já está garantida. “Eu já tinha a minha vaga que eu ganhei na prova em Fortaleza, realizada em agosto, quando também fui a primeira colocada na minha categoria. Daí, como eu já tinha esta vaga para o Mundial garantida, a vaga de Aracaju foi passada para outra competidora”, disse.
Então é isso: com os percursos de 1,9km de natação, 90km de ciclismo e 21,1km de corrida, o Ironman 70.3 de Aracaju classificou 45 atletas para o Ironman 70.3 World Championship, que será realizado em Marbella, na Espanha, nos dias 8 e 9 de novembro de 2025.
E Amanda encerrou falando sobre sua experiência no triatlo e suas perspectivas para o futuro. “Eu sempre fui ativa na real, corro há sete anos e migrei para o triatlo há dois anos. Então, foi algo natural. Agora, eu só espero poder seguir treinando mesmo, para as próximas competições, e conseguir bons resultados”, finalizou.