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MUITO ANTES DO ASFALTO

Vozes que clamam ao governo de Alagoas por obras que garantam mais água, a prioridade do povo sertanejo

O grave momento da humanidade ofuscou a passagem do Dia Mundial da Água, um dos elementos indispensáveis à preservação da vida em nosso planeta. Em Alagoas, o debate girou em torno do abastecimento de quase metade dos municípios alagoanos, localizados no Agreste e Sertão do Estado.

Seria enfadonho se o histórico dos fatos relacionados ao tema não desnudasse a inação governamental, revelando-se como filme que trava para a plateia em início de exibição. Quando o governador Renan Filho iniciou seu mandato, lá pelos idos de 2015, encontrou sobre a mesa, aguardando assinatura, o decreto de reconhecimento de 36 cidades em situação de emergência, por causa da falta d’água no semiárido.

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Naquela ocasião, o Canal do Sertão, que é a maior obra hídrica do governo federal em Alagoas, já dispunha de água em seus primeiros 65 km de calha. Em 2016, a imprensa registrou a agonia do povo em quarenta municípios, o que levou o governador a reconhecer de novo a situação de emergência.

Em 2017, a AMA e a Asplana bateram na porta do governador e do ministro da Integração Nacional, pois a estiagem prolongada ultrapassou o semiárido e chegou até a Zona da Mata. E assim seguiu mais uma ‘operação carro-pipa’ para atender a urgência do consumo humano.

No ano seguinte, a Gazetaweb registrou mais uma escassez de água e o pedido de socorro dos prefeitos pelo retorno da ‘operação carro-pipa’ em 37 municípios. Tal quadro recorrente voltou em 2019, com a queixa adicional dos prefeitos alagoanos, dessa feita pela morosidade do Estado de iniciar o programa “Água é Vida”.

Já em plena pandemia, em 2020, a falta d’água desesperou os alagoanos das mesmas localidades historicamente afetadas pela seca. Nessa triste paisagem, mudou basicamente o avanço do Canal do Sertão, já com mais de 120 km de água acumulada e subutilizada em sua calha, que segue serpenteando em solo ardente e seco.

Agora, no pior momento da crise sanitária, ocorre a suspensão da distribuição d’água pelos velhos e conhecidos carros-pipa. A operação está para ser retomada pelo governo federal, mas o governo Renan Filho priorizou a terceirização do problema para Brasília, o que gerou uma reação indignada de parlamentares do Legislativo Estadual.

Se há bilhões em caixa para contratar empreiteiras e duplicar pista em área sertaneja, como o governador alardeia, então por que não aportar recursos nos projetos complementares do Canal do Sertão? E cadê a preferência para renovar adutoras obsoletas, adequando-as aos novos tempos?

É preciso investir numa rede efetiva de proteção social e no desenvolvimento humano. Bem antes do contrato do asfalto, em final de gestão, há vozes clamando pelo fim definitivo da emergência, com água para todos - a prioridade do povo sertanejo.

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