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HOME > notícias > EDITORIAL

CARTILHA DA LENTIDÃO

A morosidade do governo é tão evidente que se revela até na hora de socorrer os asfixiados pela recessão

A pandemia cerrou as portas de três mil empresas e aniquilou mais de trinta mil postos de trabalho, somente em 2020, como contabilizou a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Alagoas. Com a nova onda da Covid-19, o governo do Estado endureceu as regras de distanciamento, mas protelou o socorro a segmentos produtivos já combalidos pela crise.

O grito de alerta de quem gera empregos e divisas, em meio à recessão, veio pela campanha “Vamos dividir a conta?”. A pressão de empresários e trabalhadores levou finalmente o governo Renan Filho a anunciar, em março passado, um pacote emergencial, considerado insuficiente para debelar a quebradeira geral do setor de serviços, asfixiado pela recessão.

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Não bastando a timidez e a insuficiência das medidas para mitigar o baque, governo Renan Filho, somente agora e com atraso de mais de dois meses, remeteu a mensagem ao Poder Legislativo. Mesmo em assuntos emergenciais, a lentidão governamental não mais impressiona quem acompanha a desenvoltura das engrenagens da emperrada máquina oficial.

Se até hoje não se sabe quando serão executadas as obras complementares do Canal do Sertão, sob responsabilidade do Estado, menos ainda em relação ao Plano Estadual de Combate à Pobreza, que virou letra morta da lei. Sobre obra empacada, há um caso célebre: Projeto Pratagy, apresentado como a solução do abastecimento d’água de Maceió.

E o que dizer da lentidão da obra de recuperação do aqueduto do Catolé, que se arrasta há quase dez anos, com canalizações enterradas entre Fernão Velho e Rio Novo? Em termos de monumento ao desperdício, vale pontuar os R$ 600 mil torrados no que seria o novo Hemocentro de Arapiraca, obra interrompida por inadequação.

Ainda no capítulo da ineficiência e inação, registre-se a devolução aos cofres da União de R$ 18,2 milhões, que o Estado deveria ter aplicado na recuperação de escolas e na formação continuada de professores. Sequenciando o modo lento de execução, há uma obra fundamental para o desenvolvimento, que é a duplicação da AL-101 Norte, que começou há cinco anos e mal passou de Jacarecica.

Na área da Segurança Pública, estarrece o silêncio do governo diante de uma crueldade contra quem bate na porta das delegacias de Alagoas em busca de justiça. Nelas dormitam inconclusos cerca de 50 mil inquéritos, segundo estimativas de delegados e agentes de polícia.

A lerdeza governamental já vem de longas datas e possui suas digitais nas mais diversas áreas da administração pública estadual, em seu modo real, distante do instagram palaciano.

Daí não surpreender a demora para atender, com rapidez, o grito de socorro dos empreendedores alagoanos, reféns daqueles que propalam o novo e praticam a cartilha da velha política.

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