As sinalizações mistas do governo federal sobre a reforma da Previdência, que já teve o próprio presidente Bolsonaro "desidratando" a proposta de antemão, não ajudam a garantir uma economia relevante com a reforma, avalia o presidente da Comissão Especial da Reforma na Câmara, deputado Marcelo Ramos (PR-AM), em entrevista à Rádio Eldorado.
"Cada vez que Bolsonaro fala sobre a reforma, ele retira alguma coisa", disse Ramos, lembrando que no mesmo dia em que o Ministério da Economia apresentou um novo cálculo sobre o impacto fiscal da proposta, passando de R$ 1 trilhão para R$ 1,14 trilhão de economia em dez anos, o próprio chefe de Estado brasileiro reconheceu que a proposta pode ser desidratada e a economia pode ficar em torno de R$ 800 bilhões. "Isso não ajuda em nada, vai contra o trabalho da própria equipe econômica."