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Preço do etanol sobe 4,5% em 1 semana; saiba o que aconteceu e o que esperar

Alta foi maior que a avanço da gasolina no mesmo período (0,37%). Valor médio do álcool no país chegou a R$ 5,241, pressionado por queda e atraso na colheita da cana-de-açúcar

O preço do etanol subiu 4,5% em apenas uma semana, apertando ainda mais o bolso do consumidor, que já paga, em média, R$ 7 pelo litro da gasolina.

Entre os dias 10 e 16 de abril, o litro do etanol chegou a R$ 5,241 na média nacional, contra R$ 5,014 na semana imediatamente anterior, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

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A alta foi maior que o avanço da gasolina (+0,37%) no mesmo período, enquanto o diesel teve queda na última semana (-0,19%).

O etanol subiu em 21 estados e no Distrito Federal, registrando suas maiores altas em São Paulo (+6%), Goiás (+5%) e Minas Gerais (+4,8%).

No campo, problemas envolvendo a colheita da cana-de-açúcar, que é a matéria-prima do etanol, pressionaram a alta de preços. Entenda abaixo o que aconteceu e o que esperar do preço do etanol nas próximas semanas.

Por que o preço do etanol subiu?

A safra de cana-de-açúcar, que inicia em abril de um ano e vai até março do outro, começou com atraso neste mês.

"Em abril, tivemos apenas 26 unidades moendo na primeira quinzena do mês. Nesta época, usualmente, temos de 120 a 130 usinas em atividade", diz Maurício Muruci, analista do Safras & Mercados.

Diante do menor ritmo de produção, foi mais difícil para as distribuidoras encontrarem etanol disponível no mercado.

A alta do combustível reflete ainda a queda da safra de cana em 2021 em função da seca e das geadas, destaca Gabriela Faria, economista da Tendências Consultoria. O clima adverso impactou ainda o desenvolvimento das plantas e até a capacidade delas de serem convertidas em açúcar.

Além disso, a demanda pelo etanol aumentou por causa da alta da gasolina, destaca a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).

"Mesmo com estoque suficiente, a diminuição da disponibilidade do produto, principalmente em São Paulo – maior estado produtor e consumidor – e o atraso do início da nova safra trouxeram um desequilíbrio entre oferta e demanda", reforça a associação.

O que esperar?

Os analistas preveem uma queda de preço do etanol a partir de maio.

Até o final de abril, a Unica estima que 189 usinas já estejam em produção, um número que, segundo a associação, deve garantir um aumento na oferta do combustível e uma estabilização do mercado.

"Com isso, acreditamos que, a partir de maio, esse cenário deve alterar com o retorno da competitividade do etanol", destaca.

Além disso, o analista do Safras afirma que a procura pelo etanol deve cair por ter deixado de ser vantajoso em relação à gasolina em muitos estados.

"Agrava mais esta questão a perspectiva de alta acentuada na oferta de etanol da safra nova a partir de maio, onde um cenário de redução da demanda deve culminar com uma diminuição na oferta, levando os preços a uma perspectiva de forte queda entre o fim de abril e a primeira metade de maio".

"Nossa expectativa é de recuo de 14% dos preços [do etanol que sai] das usinas, que deve cair de R$ 4,65 para R$ 3,98, com base em Ribeirão Preto", estima.

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