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HOME > notícias > ECONOMIA

Lucro da JBS cai 80% no 2º trimestre, para R$ 309 milhões

A receita da companhia caiu 4,6%, para R$ 41,67 bilhões

A JBS teve lucro líquido de R$ 309 milhões no 2º trimestre, o que representa uma queda de 79,8% frente ao mesmo período do ano passado (R$ 1,5 bilhão), informou a companhia nesta segunda-feira (14).

No 1º trimestre, a JBS reportou lucro líquido de R$ 422,3 milhões.

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Apesar dos eventos como a Operação Carne Fraca e as delações dos irmãos Batistas, o presidente Global da JBS, Wesley Batista, avaliou que a companhia teve "um bom desempenho operacional", destacando a melhora e recuperação nas margens em relação ao primeiro trimestre deste ano, "mesmo com um cenário mais desafiador durante o período".

Para o executivo, o resultado do trimestre é "uma clara demonstração da qualidade de nossas unidades de negócios ao redor do mundo".

Também nesta segunda, a Marfrig divulgou que registrou prejuízo de R$ 157 milhões no 2º trimestre; já a Minerva informou perdas de R$ 55,6 milhões. Na semana passada, a BRF reportou prejuízo de R$ 167,3 milhões no período.

Considerando os resultados das 4 companhias do setor de carne com capital aberto, o lucro foi de R$ 70,6 milhões no 2º trimestre, ante ganhos de R$ 1,05 bilhão no 2º trimestre de 2016.

Receita cai e endividamento cresce

A receita líquida consolidada da JBS totalizou R$ 41,67 bilhões no 2º trimestre, 4,6% inferior ao 2º trimestre de 2016. A companhia justificou a queda à "redução da receita da Seara e da JBS Mercosul em 6,1% e 14,2%, respectivamente, e também da valorização do real no período", que passou de R$ 3,51 no segundo trimestre de 2016 para R$ 3,21 no segundo trimestre deste ano.

No segundo trimestre de 2017, cerca de 73% das vendas globais da JBS foram realizadas nos mercados domésticos em que a companhia atua e 27% vieram de exportações, segundo a empresa.

A receita líquida da divisão Seara caiu 6,1%, para R$ 4,32 bilhões. As exportações da unidade caíram 9,3 por cento, refletindo queda de 12,7 por cento nos volumes e valorização do real contra o dólar.

Já a JBS Mercosul, de carne bovina, teve declínio de 14,2% na receita líquida, a R$ 6,19 bilhões, na esteira de menores volumes de vendas no Brasil e no exterior, movimento parcialmente compensado por aumento de preços, destaca a Reuters.

Segundo o balanço, a dívida líquida aumentou de R$ 47,8 bilhões no final de março para R$ 50,37 bilhões no final de junho. A alavancagem ficou em 4,16 vezes, ao final de junho, ante o registrado no primeiro trimestre deste ano de 4,23 vezes. A porcentagem da dívida de curto prazo em relação à dívida total ficou em 30% no período, dos quais 72% são linhas lastreadas às exportações das unidades brasileiras.

Efeitos da Carne Fraca

O trimestre foi o primeiro período completo após a deflagração da operação Carne Fraca, em março, que desvendou um esquema de corrupção em frigoríficos para fraudar fiscalização, arranhando a imagem dos produtores no exterior e prejudicando os volumes exportados.

Como uma consequência da operação, a JBS paralisou as atividades de 10 unidades de abates de bovinos no fim de março. Durante o trimestre, a JBS suspendeu também a compra de gado com pagamento à vista. Na sequência, a delação dos irmãos Batistas, que começou a ser divulgada no dia 17 de maio, abalou a imagem da empresa.

A participação da União Europeia (que tomou medidas restritivas após a operação Carne Fraca) nas exportações da empresa caiu 1,7 ponto percentual do primeiro para o segundo trimestres, enquanto a do México subiu 1,9 ponto, destaca a Reuters.

Já nas unidades JBS USA (bovinos), JBS USA Pork (suínos) e Pilgrims Pride (aves) tiveram alta das receitas e do Ebitda, com prática de maiores preços e tendência majoritária de volumes também mais altos.

A Pilgrim's Pride, controlada pela JBS com atuação nos Estados Unidos, aumentou seu lucro líquido em 53% no período.

Números ainda não auditados

Tratam-se, no entanto, de números não revisados por auditores independentes. Segundo a companhia, a conclusão do trabalho de auditoria depende dos resultados da apuração dos fatos relacionados ao acordo de leniência firmado pela sua holding controlada J&F; com o Ministério Público Federal.

"Tão logo haja a homologação do Acordo pela 5ª Câmara do MPF e levantamento do sigilo, a Companhia terá acesso ao inteiro teor do Acordo de Leniência e tomará as providências cabíveis relacionadas ao processo de ratificação deste acordo", informou a JBS, em comunicado divulgado no dia 11.

No final de maio, a holding J&F; - controladora do frigorífico JBS - fechou acordo de leniência (espécie de delação premiada das empresas) com o Ministério Público Federal (MPF) e concordou em pagar uma multa de R$ 10,3 bilhões ao longo de 25 anos.

Venda de ativos do grupo J&F;

Em junho, a JBS vendeu por US$ 300 milhões todas as ações de suas subsidiárias com operações de carne bovina na Argentina, Paraguai e Uruguai para empresas controladas pela segunda maior empresa de carne bovina do Brasil, a Minerva.

No começo de agosto, o grupo J&F; anunciou a venda da Vigor para o grupo mexicano Lala, em uma transação de aproximadamente R$ 5,72 bilhões. Esse valor inclui a venda da parte da JBS, que possui 19,43% das ações da Vigor, de R$ 1,11 bilhão.

Esta é a segunda venda de ativos da J&F; após a eclosão do escândalo de corrupção envolvendo o nome do grupo, controlador da JBS. Em junho, foi fechado acordo pela venda da Alpargatas à Cambuhy.

O grupo negocia a venda de outros ativos como a sua operação de celulose, a Eldorado.

O esforço da companhia em reduzir o seu endividamento e renegociar suas dívidas tem feito as ações da JBS recuperar parte das perdas dos últimos meses. Em valor de mercado, a companhia estava avaliada em R$ 22,9 bilhões na última sexta-feira (11), ante R$ 17,8 bilhões no final do 1º trimestre. Em 2015, chegou a valer R$ 48 bilhões na bolsa, segundo dados da Economatica.

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