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Intercâmbios atraem estudantes alagoanos e aquecem ainda mais mercado de seguros

Estudantes falam sobre a importância de viver com o desconhecido e estar amparado pelo seguro, que classificam como 'mal necessário'

Morar em outro país, conhecendo gente, culinária e costumes totalmente novos. Separar-se da família e amigos para viver com "estranhos". Para alguns, esse parece ser um grande medo, enquanto que, para outros, é motivo de grande expectativa e realização de um sonho. Na leva deste segundo grupo, cada vez mais, estudantes - em todo o País - arriscam-se enfrentando o novo em busca de conhecimento em outras culturas, através de intercâmbios estudantis ou empregatícios. O fato tem aquecido, também, o mercado de seguros, que trabalha atendendo os requisitos das agências quanto à proteção dos intercambistas nas anormalidades que venham a surgir.

A estudante de Jornalismo Larissa Gomes, de 21 anos, é uma das que experimentaram a sensação de viver por meses rodeada pelo desconhecido. Em junho de 2016, ela viajou para a cidade de Puebla, no estado de mesmo nome, no México, onde passou sete meses, depois de receber um aviso do Centro Universitário Tiradentes (Unit), onde estuda, falando sobre a oportunidade.

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De acordo com ela, sua primeira opção era ir para Sevilha, na Espanha, mas, com a subida do valor do valor do euro, que acabou encarecendo muito as passagens, ela aproveitou a familiaridade que tinha com a língua espanhola para pesquisar algum país que falasse o idioma, sem ser da América do Sul. Daí surgiu a ideia do México.


			
				Intercâmbios atraem estudantes alagoanos e aquecem ainda mais mercado de seguros
FOTO: Arquivo Pessoal/larissa gomes

"Decidi, de última hora, e todo o processo foi uma loucura. Tive sorte em conhecer duas meninas brasileiras antes de ir. Elas eram da filial de Aracaju da mesma faculdade que eu estudo e entraram em contato se oferecendo para dividir a casa. Depois conheci mais duas pessoas aqui de Maceió e trocamos algumas ideias", conta.

Para que pudesse viajar, segundo afirmou, foram exigidos diversos procedimentos, desde documentos "básicos" como visto e passaporte internacional, até protocolar documento para passar seus plenos poderes aos pais; já deixar compradas as passagens de ida e volta; e adquirir um seguro-saúde, pelo qual pagou R$ 2 mil para usufruir por seis meses.

"Não imaginava que seria exigida tanta coisa", confessou, complementando que chegou a ficar incomodada por causa do seguro, pois achou caro e pensou que não seria necessário.

No entanto, a história mudou quando, ao chegar lá, Larissa adoeceu devido à brusca mudança de temperatura da cidade. Segundo ela, chegava a fazer 8º C pela manhã, subindo para 25º C à tarde e, à noite, voltava a 8º C. Foi graças ao seguro que ela conseguiu fazer os exames necessários e foi atendida em hospitais privados da cidade.

"Na época, eu fiz pesquisa de preço e acabei contratando esse, com um mês a menos do que eu passaria lá, porque não tinha condições de pagar mais seis meses. Achei caro, mas, no fim das contas, me salvou também. Hoje não viajo mais sem seguro, mesmo que tenha que fazer uma constante pesquisa de preço", disse.

Apesar dos sustos e contratempos, a estudante diz que faria tudo de novo.

"Eu tinha em mente que iria estudar fora e ficar na casa de uma família mexicana, e acabou que eu fiz oito amigas brasileiras, morava com quatro delas, além de ter feito amizades na faculdade e conhecido várias pessoas da Europa, tendo a chance de treinar o meu inglês. Ainda realizei um tour pelo México, chegando a visitar lugares que nem estavam nos meus planos. Aprendi a me virar e a ter mais responsabilidade. O intercâmbio me ensinou que as outras culturas sempre impactam a nossa vida. Todo mundo deveria ter a oportunidade de passar um tempo fora do seu país de origem. Você volta com um olhar diferente", afirmou.

UM MUNDO NOVO SE ABRE


			
				Intercâmbios atraem estudantes alagoanos e aquecem ainda mais mercado de seguros
FOTO: Cortesia à Gazetaweb

E o mesmo desejo por descobertas e por novas vivências, a curiosidade, parecem se repetir em todos os casos. Danielle Franco, de 20 anos, e Ana Clara Mendes, de 21, nem se conhecem, mas dividem as mesmas expectativas com relação ao "incerto" de estar em um país incomum.

Danielle é estudante do 7º período do curso de Publicidade e Propaganda e está, há um mês, estudando na Universidade do Porto, em Portugal; e Ana Clara, que faz o 8º período da faculdade de Jornalismo, prepara-se para passar um mês em Toronto, no Canadá. O segredo para que tudo ocorra bem é, segundo elas, planejamento.

Danielle estava prestes a finalizar o 5º período, quando resolveu fazer o intercâmbio e começou a se preparar vendendo brigadeiros, enquanto Ana Clara, que já sonhava com a ida para um novo país, desde o início do curso, começou a juntar uma pequena quantia em dinheiro a partir do primeiro estágio remunerado. Danielle, assim como Larissa, conseguiu realizar o seu sonho através do Programa de Mobilidade Acadêmica do Centro Universitário Tiradentes (Unit), onde também estuda. Já Ana Clara optou por contratar uma agência.


			
				Intercâmbios atraem estudantes alagoanos e aquecem ainda mais mercado de seguros
FOTO: Reprodução/Facebook

"Escolhi fazer por uma empresa porque queria ir logo após concluir o curso, para estudar inglês. Então, o intercâmbio da faculdade não se encaixava. Estou no fim dos preparativos, já tenho passaporte atualizado e visto aprovado... agora estou vendo, comprando e separando o que eu preciso levar. Tô muito ansiosa. É provável que esteja nevando quando eu for, então vai ser uma experiência totalmente nova. Além disso, vou morar na casa de canadenses que ainda não sei quem são, então é tudo novidade. Acho que vai me agregar muito, pelo curso e a necessidade de praticar o inglês o tempo todo. E vou estar imersa na cultura deles, então espero aprender muito", disse Ana Clara.

À reportagem, Danielle contou que o intercâmbio era um sonho antigo, nutrido desde que ela era criança, mas que, ao terminar o ensino médio, achou que não fosse conseguir realizar. "Meu maior problema sempre foi o dinheiro. Toda a minha viagem está sendo na base do baixo custo, mas, com jeitinho, dá pra se virar", afirmou.

Segundo as estudantes, as papeladas exigidas também foram enormes. No caso de Danielle, a correria para providenciar tudo teria, inclusive, a impedido de ir para o país que era sua primeira opção no intercâmbio: os Estados Unidos. Isso porque ela não conseguiu o certificado TOEFL (que avalia a sua proficiência na língua inglesa) a tempo, o que a levou a analisar a possibilidade de visitar as terras portuguesas.

Com intermédio da própria faculdade, ela acabou conseguindo até um seguro saúde gratuito chamado PB4, fruto de um acordo do Brasil com Portugal e Itália. O seguro saúde, no entanto, sempre foi uma exigência que partiu tanto do consulado português quanto da própria Universidade do Porto.

"No meu caso, a própria agência fez o seguro. Tá no contrato. Acho muito importante e, mesmo que seja um gasto a mais no pacote de viagem, é essencial. Não dá pra viajar sem esse seguro. Vou estar em outro país e nunca se sabe o que pode acontecer. A gente contrata querendo não precisar usar, mas a segurança é bem maior", concluiu Ana Clara.

INTERCÂMBIO

A reportagem esteve em uma agência de intercâmbio e conversou com a gerente da Student Travel Bureau (STB), Carol Piotto. Segundo ela, a troca de experiência é a maior vantagem do intercâmbio, que insere a criança, jovem, adulto e idoso em um universo diferente do seu, em uma realidade distante da sua, em um local aparentemente estranho.

Será que vale a pena se afastar de tudo e de todos que te rodeiam e vivenciar outra cultura? A resposta vem de imediato: "Com certeza. É através desse diálogo entre culturas que a mente se abre, o amadurecimento surge e a responsabilidade aumenta. São frutos de um sonho realizado", comentou Piotto, citando que os destinos mais procurados são, pela ordem, o Canadá, Estados Unidos, Irlanda e Austrália.

Carol pondera, no entanto, que o intercâmbio não tem como fim o lazer, mas o estudo ou trabalho ou ambos. E quem define isso são as respostas de uma entrevista minuciosa feita com o cliente. O passaporte não pode contar com menos de seis meses do término da validade; é necessário o visto também, caso o local exija; e a matrícula na escola onde o estudante ficará vinculado.

"No caso de estudo, o pacote contempla o curso completo, acomodação, passagem, a carteira de estudante e, sem sombra de dúvidas, o seguro. Quanto à acomodação, o intercambista pode ficar na casa de parentes, em um flat ou em casas de família que se disponibilizem a recebê-los. Resolvemos tudo isso dentro de duas semanas", explicou a gerente.

Carol Piotto lamenta, por sua vez, que o único empecilho a ser enfrentado é o valor, o que tem sido alvo de crítica por parte dos intercambistas. "Realmente, existem valores muito altos, mas também, quantias acessíveis. Por exemplo, temos um programa de trabalho, que é para cuidar de crianças em casa de família, que está custando setecentos reais e você passa um ano. É mais em conta porque a própria família paga boa parte desse programa".

SEGURO

Na oportunidade, a gerente chamou a atenção para a importância de o cliente aceitar o seguro, pois "não se sabe o dia de amanhã". O chamado "Easy" pode contemplar uma lista de coberturas, a exemplo de emergências médico-hospitalares em casos de doenças preexistentes e não preexistentes, despesas farmacêuticas, odontológicas, traslado médico, traslado de corpo, hospedagem após alta hospitalar, morte acidental em viagem, extravio definitivo de bagagem, atraso de embarque e outros benefícios.

"É imprescindível que o cliente adquira o seguro, levando-se em conta que o serviço público no exterior não atende ao público de fora, mas sim, aos que lá residem. A gente não sabe o que pode acontecer. Inclusive, na Europa, é obrigatório em cumprimento a um tratado internacional firmado", salientou Carol Piotto.

O CORRETOR DE SEGUROS


			
				Intercâmbios atraem estudantes alagoanos e aquecem ainda mais mercado de seguros
FOTO: Cortesia

E, neste âmbito, não poderia faltar a figura do corretor de seguros, profissional habilitado para orientar e oferecer a melhor opção de garantias ao segurado, seja em caso de doença, de acidentes, de viagem ou qualquer outro meio. Hoje em dia, existe seguro para tudo, o que ainda é novo para muita gente, mas que se mostra essencial ao indivíduo.

Conforme explica o corretor de seguros Diogo Assis, podem ser contratados vários tipos de benefícios "sob medida", desde que observado o tipo de atividade que o intercambista vai desempenhar. Existe um rol de produtos que cobrem, desde suas atividades simples ou acadêmicas, até a prática dos esportes ditos como 'radicais', levando-se em conta a finalidade do seguro, que é a reparação e proteção.

No caso de intercâmbio, existem vários produtos e modalidades. Os critérios e garantias variam de acordo com a exigência de cada seguradora, mas, em linhas gerais, e considerando os produtos de Seguro Viagem e responsabilidade Civil, é feita uma análise de risco à qual ele será exposto e serão apresentadas várias opções de coberturas. "E o preço varia bastante a depender da análise de risco e de perfil do cliente e, claro, das atividades e destino escolhidos, além do tempo", destaca o corretor.

Na oportunidade, Diogo disse que a procura tem crescido, principalmente com a retomada da economia. "De forma geral, o crescimento é atrelado à economia do setor devido à sazonalidade de bolsas concedidas. Nesta modalidade, os seguros cresceram, em média, 10%, tendo o seguro viagem crescido mais de 22% no ano passado. Acreditamos que, com a retomada da economia, após um ano com muitas distrações políticas e sociais que influenciam diretamente nos números, teremos um crescimento ainda maior para 2018", concluiu.


			
				Intercâmbios atraem estudantes alagoanos e aquecem ainda mais mercado de seguros
FOTO: Arquivo Pessoal

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