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Inadimplência rural em Alagoas é a quarta menor do Nordeste

No Brasil, o Amapá lidera a inadimplência de produtores, com 53,4%, segundo o Serasa Experian

Levantamento feito pelo Serasa Experian apontou que os produtores rurais de Alagoas têm a 4ª menor taxa de inadimplência do Nordeste, com 32,7%. Ainda assim o número está acima da média nacional, que é de 28%. No Brasil, o Amapá lidera a inadimplência entre este público, com 53,4%. A menor taxa está em Santa Catarina, com 13,3%.

No Nordeste, quem lidera a inadimplência é o Maranhão, com 39,8%. O estado é seguido por Ceará (37,5%), Pernambuco (36,3%) e Rio Grande do Norte (35,1%). De acordo com o estudo, curiosamente a idade é um fator determinante sobre a negativação no campo.

Os dados mostram que os produtores rurais que possuem mais de 60 anos possuem menor inadimplência, enquanto aqueles que possuem entre 18 e 25 anos marcaram níveis mais altos.

“Ainda que tenhamos uma fatia de produtores inadimplentes, esse número pode ser considerado baixo, pois quando comparamos com toda a população negativada, por exemplo, o índice chegou a 43,7% em julho deste ano. Além disso, a relação com o estudo que fizemos em março deste ano mostra que o índice permaneceu praticamente estável, com aumento de 1%”, explica o head de agronegócio da Serasa Experian, Marcelo Pimenta.

Na análise por região é possível observar que o Sul registrou o menor nível de negativação, com apenas 15% dos produtores do campo com nome no vermelho. Em sequência estava o Sudeste (24,6%), o Centro-Oeste (30,4%), o Nordeste (33,8%) e o Norte (40,1%).

O estudo aponta que,a fim de mitigar riscos de inadimplência, manter um perfil de crédito saudável e continuar com a produção em dia, os produtores rurais que atuam como pessoas físicas precisam, assim como os consumidores comuns, se dedicar ao planejamento financeiro, que no caso do agro implica em conhecer os movimentos do mercado ligados aos custos de insumos e os preços futuros da sua produção com o objetivo de controlar as finanças.

Além disso, o documento da Serasa diz que é preciso considerar a contratação de Seguro Rural para proteger o produtor e a sua produção dos riscos ligados à chuva excessiva, seca e geada, entre outros. Assim, quando ocorrer estes eventos, o produtor tem a opção de utilizar o seguro para cobrir suas obrigações com seus financiadores e parceiros sem o risco de ter seu nome negativado.

“A maior parte dos produtores rurais brasileiros conseguem evitar a inadimplência e continuam gerando empregos, cultivando e expandindo seus ganhos, além de mitigar os riscos de suas negociações. Ainda assim, para aqueles que precisam de ajuda, temos o compromisso de proporcionar ferramentas que auxiliem a regularização financeira”, finaliza Marcelo Pimenta.

SERASA ANALISA CERCA DE 10 MILHÕES DE PESSOAS FÍSICAS

Para o Indicador de Inadimplência do Produtor Rural da Serasa Experian, foram analisados cerca de 10 milhões de perfis de pessoas físicas que possuem financiamentos da modalidade rural e/ou agroindustrial no Cadastro Positivo e/ou que sejam donos de propriedades rurais, com CAR (Cadastro Ambiental Rural) ou CAFIR (Cadastro Federal de Imóveis Rurais), distribuídos em todas as 27 Unidades Federativas do país.

O Censo Agropecuário de 2017 do IBGE identificou 5,1 milhões de estabelecimentos rurais e 15,1 milhões de produtores rurais, dentre os quais 10,1 milhões foram enquadrados como agricultores familiares. A população do estudo atual pode ser considerada, portanto, uma amostra dessa população de produtores rurais.

Os indicadores de inadimplência apresentados consideram todas as dívidas no mercado, ou seja, se um produtor está adimplente com uma revenda ou uma cooperativa, frente ao cartão de crédito ou uma financeira, se possui dívidas vencidas e/ou negativas em qualquer cenário este é considerado inadimplente até que o débito vencido seja pago. Adicionalmente, este estudo avalia todos os portes da população agro, do familiar ao grande exportador.

A inadimplência é um fator financeiro que acontece em todas as áreas e, quando olhamos as dívidas da população agro, podemos perceber sua baixa representatividade. A maior parte dos produtores rurais brasileiros conseguem evitar a negativação e continuam gerando empregos, cultivando e expandindo seus ganhos e mitigando os riscos de suas negociações.

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