Imagem
Menu lateral
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
Imagem
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

HOME > notícias > ECONOMIA

Endividamento cresce e atinge 217 mil maceioenses, aponta pesquisa

Número refere-se a junho e representa um aumento de quase 10% em relação ao mesmo mês de 2019

Dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) de Maceió, da Federação do Comércio de Alagoas (Fecomércio/AL), apontam um universo de 217 mil consumidores da capital endividados no mês de junho. O total aferido é 9,82% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. Em julho, mais 5 mil maceioenses já entraram para o grupo dos inadimplentes.

A condição de endividado atinge 72% dos consumidores da capital, segundo a pesquisa. Em relação ao mês anterior, o percentual aumentou 2,37%. Já o número de consumidores com contas em atraso e inadimplentes apresentou um recuo tímido.

Leia também

No caso das contas em atraso, ou seja, até 90 dias após o vencimento, a diminuição foi de 0,85%, eram 92.208 maceioenses nesse contexto e foi para 91.416. Já a inadimplência, que é quando o cidadão está com mais de 90 dias de atraso, caiu menos ainda, apenas 0,26%.

Na passagem de maio para junho, apenas 140 maceioenses saíram da condição de inadimplentes. Eram 51.236 em maio e foi para 51.096 em junho. De acordo com o assessor econômico da Fecomércio-AL, Felippe Rocha, o aumento no nível de endividamento sugere que os consumidores da capital estão recorrendo ao crédito para adquirirem bens e quitarem contas, ao mesmo tempo em que estão conseguindo reduzir suas dívidas e renegociar débitos há muito sem pagamento.

Felippe Rocha pontua que três fatores contribuíram para esta situação registrada em junho na capital alagoano: o auxílio emergencial, a postergação de dívidas e o isolamento social. "O auxílio emergencial injetado na capital explica o maior nível de contas pagas em dia e a redução da inadimplência", avalia.

De acordo com o economista, dados do Portal da Transparência mostram que, entre abril e junho, 268 mil moradores da capital foram beneficiados com o recurso do Governo Federal, que movimentou R$ 195 milhões com um valor médio de R$ 730,11.

"Já a postergação de dívidas permitida pelo Banco Central do Brasil (BACEN) deu aos cidadãos a possibilidade de adiarem o pagamento de empréstimos e do financiamento habitacional, trazendo alívio nas contas e renda disponível, enquanto o isolamento social, por si só, reduziu os gastos diários dos consumidores com combustível, passagens no transporte coletivo, almoço fora de casa e outros custos, garantindo um alívio no bolso e a possibilidade de pagamento de dívidas", explica.

Todavia, Felippe Rocha orienta que, embora o auxílio emergencial tenha sido estendido por mais dois meses, a renda adicional irá acabar, e, dado o nível de endividamento, mesmo com pagamento em dia das contas, é importante que os consumidores comecem a se planejar para evitar que o nível de inadimplência se descontrole após esse período.

CONTEXTO

Os números mostram que o uso do cartão representou 91,9% das motivações para o endividamento em junho. Uma alta de 1,9 pontos percentuais quando comparado com maio. Segundo a Fecomércio, isso indica que as pessoas estão recorrendo a este instrumento financeiro, não apenas para adquirir bens, mas também, para quitar contas.

Os carnês de loja saíram de um pouco mais que 16% (maio) para 22,2% (junho), um incremento próximo de 6 pontos percentuais, o que, segundo a instituição, demonstra que os consumidores estão comprando bens duráveis e semiduráveis por financiamento. Já a contratação de crédito pessoal representou 7,2% na aquisição de novas dívidas dos maceioenses.

Os dados mostram, também, que, dentre os 91 mil que atrasam, mas pagam, 42,1% possuem outro membro de sua residência passando pela mesma dificuldade, enquanto para 57,8%, a indicação é de que apenas eles passam por esse problema. O grupo passa, em média, 75,5 dias sem quitar suas dívidas.

Dentre os 51 mil inadimplentes, apenas 9,1% conseguirão pagar integralmente o saldo devedor e se livrarão dos débitos. Outros 19,2% indicaram que haverá renegociação e pretendem pagá-la parcialmente, mas 55,9% não terão como pagar, nem integralmente nem parcialmente.

Em média, os endividados estão passando 6,4 meses com alguma dívida, comprometendo cerca de 27,9% da renda disponível com o pagamento de cartões de crédito, empréstimos e financiamentos em geral.

App Gazeta

Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos

Aplicativo na App Store

Tags

Relacionadas