Entre os anos de 2013 e 2015, o mercado imobiliário alagoano estima ter registrado uma queda de 80% nas vendas em feirões. O dado é do Sindicato da Habitação de Alagoas (Secovi) e foi apresentado na manhã desta quarta-feira (6), durante o lançamento de um estudo sobre a área.
Mas, de acordo com o presidente da entidade, Nilo Zampieri, os números são uma estimativa e podem estar superestimados, já que não havia estatísticas concretas até então. Os indicadores oficiais passaram a ser colhidos pelo Secovi a partir de janeiro deste ano.
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"Os dados vão nortear os consumidores sobre o investimento, os locatários sobre o valor dos aluguéis e os empresários sobre as áreas onde há demanda", explica ele. "Havia uma grande demanda e o setor não estava conseguindo atender, as coisas começam a se ajustar, inclusive os valores dos imóveis", completa.
As informações foram repassadas pela Caixa Econômica Federal às construtoras e seguem a média nacional, que também é de 80% de queda. As estatísticas mostram também que havia pelo menos 13 mil imóveis disponíveis para venda em Alagoas no mês de março, a maioria imóveis residenciais de três quartos.
Analista econômica do Secovi e responsável pela elaboração das estatísticas, Lucineli Martins ressalta que os indicadores vão nortear as empresas e consumidores e possibilitar que haja a comparação com base em dados locais. "A realidade de Alagoas é diferente da realidade de centros como São Paulo, por exemplo".
Já o presidente do Sindicato da Habitação reforça as oportunidades geradas pela crise. "Não sabemos o que vai acontecer este ano, porque o que existe é uma crise política que influencia a economia. O dinheiro continua circulando, mas os consumidores estão mais cuidadosos em como gastar".