O dólar fechou em queda nesta terça-feira (15), alinhado ao cenário externo, com os investidores analisando a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e com maior otimismo no exterior em razão do início da vacina.
A moeda norte-americana recuou 0,69%, a R$ 5,0877. Veja mais cotações.
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Na segunda-feira, o dólar fechou em alta de 1,55%, a R$ 5,1228. Na parcial do mês, passou a ter queda 4,84%. No ano, ainda registra alta de 26,88%.
O BC realizou neste pregão leilão de swap tradicional de até 16 mil contratos com vencimento em abril e setembro de 2021, destacou a Reuters.
Cenário local e externo
No exterior, o início da campanha de vacinação nos Estados Unidos, a mais recente de um país ocidental, depois do Reino Unido, contribuiu para uma melhora das expectativas em relação à recuperação da economia.
Nos Estados Unidos, dados da produção industrial registram nova alta em novembro, mas a um ritmo menor do que em outubro, e ainda abaixo de antes da pandemia. A alta foi de 0,4% em novembro, segundo o Federal Reserve. O mercado esperava alta de 0,3%. A produção industrial segue 5% inferior a seu nível pré-pandemia, e 5,5% inferior a novembro de 2019.
Por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgou a ata da sua última reunião, na qual avalia que a economia pode apresentar uma "retomada ainda mais gradual" e indicando que pode voltar a subir a taxa básica de juros no futuro.
Continuou também no radar dos investidores a questão fiscal, que há meses têm sido apontada como um fator decisivo na disparada do dólar frente ao real no ano de 2020, assim como a taxa básica de juros em mínimas históricas.
Em reuniões recentes com o presidente Jair Bolsonaro e líderes do Congresso, a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, tem feito a avaliação de que o Brasil tem o primeiro semestre de 2021 para aprovar reformas e dar uma forte sinalização de que pretende enfrentar desafios fiscais.