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Com 1º trimestre ruim, economistas projetam PIB abaixo de 1% em 2019

Se essa previsão se confirmar, a economia brasileira vai colher um resultado mais fraco do que o observado nos últimos dois anos

O desempenho da economia no primeiro trimestre deve fazer com que as expectativas para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2019 piorem ainda mais. Com o fraco resultado da atividade econômica observado entre janeiro e março, passou a ganhar força entre os analistas um cenário de que o crescimento do Brasil neste ano possa ser inferior a 1%.

Antes da divulgação dos dados deste início ano, bancos e consultorias estimavam que o avanço do PIB ficaria entre 1% e 1,5%. Se esse cenário mais pessimista se confirmar, a economia brasileira vai colher um resultado mais fraco do que o observado em 2017 e 2018, quando o PIB cresceu apenas 1,1%.

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"Os números do primeiro trimestre reforçaram o quadro de uma economia fraca", diz a economista e sócia da consultoria Tendências, Alessandra Ribeiro. A Tendências projetava crescimento de 1,6% para 2019, mas agora deve revisar esta projeção para abaixo de 1%.

A fraqueza atual da economia brasileira também tem sido reforçada pelos indicadores antecedentes do segundo trimestre já disponíveis - aqueles que são utilizados para medir a 'temperatura' da atividade. Os economistas monitoram, por exemplo, o nível de confiança de empresários e consumidores. As últimas leituras mostram uma queda, o que indica um quadro econômico com menos investimento e consumo.

"O investimento está tendo um desempenho péssimo e não vejo como esse quadro possa ser revertido neste ano e no ano que vem", afirma o economista-chefe do banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves. Ele projeta um crescimento econômico de 0,7% para este ano, "na melhor das hipóteses".

O Brasil tem sofrido com um alto grau de incerteza. A principal dúvida é se o país vai conseguir resolver o problema fiscal e aprovar a reforma da Previdência, considerada fundamental para o acerto das contas públicas. Diante desse quadro, as previsões para o Brasil estão passando por sucessivas revisões negativas ao longo deste ano. Num período de maior otimismo, os analistas chegaram a projetar um crescimento de próximo de 3% para 2019.

"Está faltando confiança. Isso tem muito a ver com a crise fiscal que o Brasil vive e que só vai começar a ser superada com a reforma da Previdência", diz o economista-chefe do banco Itaú, Mario Mesquita.

A professora do Coppead/UFRJ Margarida Gutierrez compartilha da mesma opinião. "A economia não está respondendo. O problema é a confiança. Tem a incerteza em relação à economia doméstica", diz.

A professora de macroeconomia diz que a reforma da Previdência é condição necessária para se começar a pensar em recuperação. Para ela, o país não está em recessão, mas em estagnação, e se não for aprovada a reforma da Previdência, a recessão será inevitável.

"Se não fizer uma reforma minimamente consistente vamos chegar na recessão, e os indicadores do próximo trimestre virão bem piores", avalia.

Na leitura do banco Itaú, se a fraqueza do trimestre se confirmar nos próximos meses, as previsões de crescimento econômico devem migrar para a faixa de 0,5% a 1%.

O cenário é ainda mais complicado porque a piora de expectativas não está apenas concentrada apenas em 2019. Com o cenário de maior fraqueza, os economistas já começam a reduzir as previsões para o ano que vem. Por ora, os analistas consultados pelo relatório Focus, do Banco Central, estimam que o PIB deve crescer 2,5% no ano que vem.

"Para 2020, está todo mundo caminhando para (uma previsão de) 2%. Não é só 2019 que vai ter um resultado pior, 2020 também vai sofrer os efeitos. Se o país não fizer reforma da (Previdência), vai para o buraco com certeza", disse o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, em entrevista concedida para a GloboNews.

José Ronaldo de Castro Souza Júnior, diretor de macroeconomia do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), aponta que a perspectiva de que a retomada do PIB depende em grande parte do ambiente político.

"A gente está com uma economia num ritmo muito baixo, próximo de uma estagnação. A ideia é que a recuperação maior aconteça a partir de aprovações mesmo pelo Congresso de medidas importantes. Então, na verdade, vai depender um pouco desse calendário político uma recuperação mais clara, disse o economista.

O IPEA considera que o Brasil não entrará em recessão econômica este ano. "É difícil descartar totalmente [que o país entre em recessão]. A possibilidade existe, mas não achamos o mais provável não é o nosso cenário mais provável. A previsão com a qual a gente está trabalhando não é a de ter recessão técnica", destacou.

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