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'Boom' dos carros de luxo no Brasil chega ao fim com queda de 28% em 2016

Depois de 3 anos vendo o declínio no mercado geral de automóveis, modelos mais caros não escaparam da crise

O Brasil emplacou 48.141 carros de luxo, aqueles acima de R$ 100 mil, considerando as 8 principais desse segmento no país. Esse volume é 28% menor do que o de 2015, quando 68,8 mil unidades foram vendidas, segundo levantamento do G1 com base em dados da associação das fabricantes (Anfavea) e das importadoras (Abeifa).

É a primeira queda desde 2012. A partir de 2013, quando o mercado de carros em geral começou a encolher, esse nicho "descolou" dos modelos populares e só crescia. O avanço foi impulsionado por novos produtos de "entrada", estratégia agressiva de preços, expansão da rede e construção de fábricas no Brasil.

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Isso até o ano passado. Logo no início de 2016, as principais marcas consideradas "premium" elevaram os preços de seus veículos em até R$ 58 mil, com a pressão do dólar mais alto. Em dezembro de 2015, a moeda americana chegou a R$ 3,94, com a maior alta anual em quase 13 anos.

Ao longo do ano, o dólar foi caindo e chegou a R$ 3,24 em dezembro último, mas isso não foi suficiente para reverter a trajetória de baixa do segmento de luxo, que também sente os efeitos da crise econômica e da produção local ainda em fase inicial, após grandes investimentos, segundo analistas.

A consequência foi uma queda nas vendas ainda maior do que a registrada pelo mercado em geral, incluindo caminhões e ônibus. As vendas de veículos no Brasil encolheram 20,1% em 2016, no 4º ano seguido de queda.

De volta ao nível de emplacamentos de 2013, o mercado de carros de luxo representou 2,42% do total de carros de passeio novos vendidos. Em 2015, a fatia era um pouco maior, de 3%.

BMW volta à liderança

Com os impactos negativos, o "reinado" dos carros de luxo voltou para a BMW, que era a tradicional líder do segmento até 2015, quando a Audi surpreendeu e tomou a "coroa", com diferença de algumas unidades para a Mercedes-Benz, que ficou em segundo. Naquele ano, as duas marcas registraram um crescimento fora da curva, de mais de 40%.

Na época, a BMW não entrou muito na briga de preços com a Audi, que chegou a anunciar o A3 Sedan por R$ 97.990. Com isso, a marca bávara cresceu menos, mas também caiu menos que as rivais no ano seguinte. Em 2016, a BMW vendeu 25% menos carros que no ano anterior, enquanto a Audi encolheu 33% e a Mercedes-Benz, 35%.

Como as vendas no Brasil não somam grandes números, o desempenho negativo não afetou tanto o resultado global, que foi de novo recorde histórico para as 3 marcas. Em comparação com 2015, as vendas globais da Mercedes-Benz subiram 11,9%; as da BMW cresceram 5,2%; e as da Audi avançaram 3,8%.

Tirando as 3 grandes alemãs, as demais marcas "premium" tiveram números contrastantes no Brasil. A inglesa Land Rover, que já foi segunda colocada, em 2013, teve seu terceiro ano seguido de queda.

O tombo foi de 24% no ano marcado pela inaguração da fábrica em Itatiaia (RJ), que produz os modelos Range Rover Evoque e Discovery Sport.

A sueca Volvo, controlada por chineses, registrou pequena variação negativa de 9%, enquanto a Mini, que faz parte do Grupo BMW, perdeu 27% dos emplacamentos com relação a 2015.

Por outro lado, duas marcas puderam comemorar os resultados do ano passado: Porsche e Jaguar.

Em seu primeiro ano cheio como subsidiária brasileira -até meados de 2015 as vendas eram feitas por importadora oficial- a Porsche abriu 3 novas concessionárias e renovou boa parte da gama. Lançou o novo 911, o 718 Boxster e o 718 Cayman. E os "queridinhos" Macan e Cayenne lideraram as vendas da marca e impulsionaram uma alta de 36%, embora o volume total seja de apenas 997 unidades.

Já a Jaguar surfou na onda do XE, seu sedã compacto que corresponde a quase 60% das 796 unidades emplacadas em 2016, com alta de cerca de 35% em relação ao ano anterior.

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