A superintendência do Banco do Nordeste em Alagoas reuniu a imprensa na manhã desta quarta-feira (9) para apresentar o balanço das ações efetuadas em 2018 e falou sobre as perspectivas para este ano.
Segundo Pedro Ermínio, superintendente do BNB em Alagoas, 2018 foi o melhor ano da história do banco no estado, em que foi concedido mais de R$ 1,3 bilhões em créditos, somando todas as fontes de financiamentos.
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"Só pelo FNE [Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste], que é o nosso principal fundo, são mais de R$ 870 milhões e o mais importante, por trás desses números, a gente tem um crescimento em todos os segmentos de atuação do banco. Começamos a operar no setor de infraestrutura, crescemos na agricultura familiar, micro e pequena empresa, comércio, serviço e indústria e o nosso microcrédito cresceu também. Nossa equipe toda está de parabéns e é a responsável por entregar, em 2018, à sociedade alagoana o maior volume de financiamento da história do Banco do Nordeste aqui no estado", disse o superintendente.
O BNB representa 8,8% (17 agências) do total de agência bancárias em Alagoas e é responsável por 70% dos créditos a longo prazo no estado, além de ter uma participação de 56,4% nos financiamentos do crédito rural.
"O banco ainda é muito visto como sendo focado no setor rural, quando, na verdade, a nossa atuação hoje foca tanto no microcrédito urbano, em infraestrutura, comércio e, ao longo dos anos, foi ampliando essa estrutura e hoje todos os segmentos da economia são atendidos pelo Banco do Nordeste".
Perspectiva para 2019
Segundo o superintendente, o ano de 2019 já iniciou com demandas de investimento na ordem de R$ 210 milhões em diversos setores da economia.
"Já é uma resposta do empresariado ao momento que o país e o estado estão vivendo. Você tem aí um sentimento de otimismo e de querer retomar esse crescimento muito grande. Estamos preparados para tratar e receber essas demandas da melhor forma".
Questionado sobre a expectativa e a incerteza da nova realidade econômica do país com o novo governo, Pedro Ermínio afirmou que a garantia de financiamento do FNE está preservada, bem como as taxas de juros foram mantidas num patamar abaixo do que o mercado opera.
"O Nordeste, há trinta anos, recebeu um grande presente do Governo Federal, que foi a criação do FNE. Parte do que a União arrecada com IPI, com imposto de renda, somado aos reembolsos das operações já concedidas, alimenta o orçamento do fundo a cada ano. O banco acordou 2019 com recursos na ordem de R$ 23 bilhões de recurso do FNE já assegurados para concessão de crédito esse ano. E as taxas de juros, em 2018, a partir da mudança na forma de cálculo, o que antes era total liberalidade do governo estabelecer as novas taxas pro ano seguinte, hoje é uma fórmula que leva em conta a variação do IPCA mais o setor que você está aplicando e essa taxa já está estabelecida. No início desse ano, o BNB já estava assinando e contratando operações com recursos do FNE e com as taxas definidas, que variam de 4% a 8% dependendo do setor que você está investindo e do porte do cliente", ressaltou.