
Alagoas voltou a se destacar positivamente no cenário nacional ao manter a estabilidade na taxa de desemprego durante o primeiro trimestre de 2025, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (16) pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Enquanto 12 unidades da federação enfrentaram aumento no número de desocupados — entre elas estados como Pernambuco, Minas Gerais e Rio de Janeiro —, Alagoas esteve entre os 15 estados que conseguiram conter a alta e preservar os níveis registrados no final de 2024.
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A taxa média de desemprego no Brasil subiu de 6,2% para 7% neste início de ano, o que representa uma desaceleração do mercado de trabalho, já esperada após um 2024 de recordes positivos. Ainda assim, o índice nacional continua sendo o menor para um primeiro trimestre desde 2012.
O Nordeste também registrou crescimento no rendimento médio dos trabalhadores, que chegou a R$ 2.383 mensais — uma das poucas regiões do país a apresentar avanço tanto na comparação trimestral quanto anual.
Mesmo com o rendimento ainda abaixo da média nacional (R$ 3.410), a combinação de estabilidade no emprego e aumento da renda coloca Alagoas e outros estados nordestinos em uma posição de resistência diante de um cenário econômico mais instável.
Desigualdade de gênero e raça
A pesquisa também reforça desigualdades estruturais: o desemprego atinge mais as mulheres (8,7%) do que os homens (5,7%) e é maior entre negros e pardos do que entre brancos.
Outro destaque é o impacto da escolaridade: pessoas com ensino médio incompleto apresentam a maior taxa de desocupação (11,4%), enquanto aqueles com ensino superior completo têm a menor (3,9%).
Informalidade ainda é desafio
Apesar da estabilidade, o Brasil segue com índices altos de informalidade: 38% dos trabalhadores atuam sem carteira assinada ou proteção previdenciária. Os piores números estão concentrados no Norte e Nordeste, com destaque negativo para Maranhão (58,4%).