Glória Maria, que faleceu na última quinta-feira (2), foi uma das maiores jornalistas que o Brasil já teve. Considerada um dos símbolos da representatividade negra no país, a repórter deixou seu legado e jamais será esquecida.
Exemplo disso é que Eduardo Kobra, muralista brasileiro, eternizou a mãe de Laura e Maria Matta em um mural poético e colorido de 4 metros de altura, que ficará exposto temporariamente no Museu de História e da Cultura Afro-Brasileira, no Rio de Janeiro.
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O artista, que teve a oportunidade de conhecer a jornalista pessoalmente e já desenhou rostos de nomes que marcaram a história da arte, como Andy Warhol (1928-1987), Frida Kahlo (1907-1954), Keith Haring (19580-1990) e Jean-Michel Basquiat (1960-1988), trabalhou na obra, em Itu (SP) durante o tempo recorde de 15 horas.
Borboletas e um globo terrestre compõem o desenho de Glória Maria. As borboletas pretas e brancas fazem referência à luta contra preconceitos e contra o racismo, pautas que eram debatidas pela comunicadora durante toda sua vida.
O Globo representa o poder de Maria, e indica que ela teve o “planeta em suas mãos”, explicou Eduardo.
“Eu fiquei até quatro horas da manhã trabalhando aqui nesse desenho. Fui entender um pouco mais do universo dela, do que ela gostava. Ela se conectou com o mundo como pouquíssimas pessoas, e o fabuloso disso é que ela trouxe esse universo para nós. Superação, dedicação, força de vontade e emoção”, disse o Kobra, em matéria exibida no Fantástico.
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