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MP oferece denúncia contra ex-BBB Felipe Prior por estupro

Arquiteto foi denunciado por estupro nos anos de 2014, 2016 e 2018 e as acusações se tornaram públicas em abril deste ano.

O Ministério Público de São Paulo denunciou, nesta quinta-feira (6) o ex-BBB Felipe Prior por estupro. Na terça-feira (4), a 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de São Paulo havia concluído o inquérito policial sem indiciá-lo. Durante a investigação, três mulheres denunciaram o arquiteto Felipe Prior, ex-participante da 20ª edição do BBB, por dois estupros e uma tentativa de estupro.

Os promotores Danilo Romão, da 7ª Promotoria Criminal, e Fernanda Moreti, da Promotoria da Violência Doméstica, denunciaram Felipe Prior por um crime de estupro, de acordo com o artigo 213 do Código Penal Brasileiro (CPB). O crime teria ocorrido em em São Paulo, em 2014.

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Os outros três casos teriam ocorrido em outros municípios e serão enviados para os promotores locais, que vão analisar caso a caso.

A denúncia do estupro foi encaminhada para a 7ª Vara Criminal da Barra Funda e vai tramitar sob segredo de Justiça.

Em nota, as advogadas Juliana de Almeira Valente e Maira Machado Frota Pinheiro, que representam as vítimas, disseram que "oferecimento da denúncia contra Felipe Prior demonstra a consistência das provas do caso, apesar das tentativas de desacreditar as acusações e as vítimas. Reforça a confiança de que o caso chegará a um desfecho com o mínimo de Justiça, apesar das marcas que estarão para sempre com toda as mulheres que sofreram abuso."

Ainda de acordo com o texto, "lutamos neste momento, não só para que um abusador seja responsabilizado, mas para que no futuro mulheres possam denunciar agressões sem serem atacadas, revitimizadas e desacreditadas pela sociedade e até por estruturas de Estado criadas para acolhê-las."

O G1 procurou a defesa do ex-BBB e aguarda retorno.

Nesta terça-feira (4), a 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de São Paulo concluiu o inquérito policial que apurou as denúncias de três mulheres contra o arquiteto Felipe Prior, ex-participante da 20ª edição do BBB, por dois estupros e uma tentativa de estupro. O caso tramitou em sigilo e Prior não foi indiciado.

Entenda as denúncias

No dia 17 de março, a advogada das três, Maíra Pinheiro, protocolou uma notícia crime sobre os três casos no Departamento de Inquéritos do Fórum Central Criminal. O Ministério Público havia se posicionado pedindo a abertura do inquérito para investigar o caso.

Ainda de acordo com a denúncia, os casos teriam ocorrido nos anos de 2014, 2016 e 2018 e vieram a público em abril deste ano. As três mulheres que acusavam Prior não fizeram boletim de ocorrência porque dizem que se sentiram envergonhadas.

Segundo a advogada, uma universitária viu a chamada da participação de Felipe Prior no Big Brother Brasil 20 e fez um post no Twitter em que afirmava que o conhecia e que ele havia sido impedido de entrar no InterFau 2019 (jogos esportivos entre faculdades de arquitetura de São Paulo) após uma denúncia de assédio. A partir desta publicação, duas das mulheres que o acusam, sem que se conhecessem, procuraram a universitária, que as colocou em contato. Elas procuraram as advogadas Juliana Valente e Maíra Pinheiro. Ao apurarem a denúncia do InterFau, chegaram até a terceira mulher.

O tweet foi apagado, de acordo com Maíra Pinheiro, porque a universitária foi procurada por três pessoas que afirmaram que eram advogados de Prior e que a processariam por calúnia caso ela falasse sobre o ocorrido nos jogos universitários. Segundo eles, a informação era falsa.

Em notícia crime protocolada em 17 de março, a defesa das três mulheres descrevia os supostos crimes. De acordo com o documento, na madrugada de 9 de agosto de 2014, a vítima protegida sob o nome de Themis descreve que Prior se aproveitou de sua embriaguez para praticar atos libidinosos e conjunção carnal, provocando lesões corporais graves.

Ela narrou que Felipe tirou a roupa dela e abriu a pro?pria calc?a, deixando seu genital para fora. Como estava embriagada, ela disse que na?o conseguia oferecer resiste?ncia física, mas disse que falou não a ele muitas vezes e que não queria ter relac?o?es sexuais. Felipe teria reagido dirigindo-se a ela aos gritos, dizendo "para de ser fresca, no fundo voce? quer, na?o e? hora de se fazer de difi?cil" e, diante das seguidas negativas de Themis, insistido: "quer sim". Neste momento, Felipe teria estuprado Themis.

Depois, ainda segundo a denúncia, Themis contou para a mãe que estava com um ferimento em suas partes íntimas e que sentia dor. "A mãe pediu à filha que se deitasse e olhou, e notou um corte de cerca de três dedos de comprimento na região genital da filha, profundo o suficiente para chegar até o músculo. A filha da declarante relatava muita dor e o sangramento estava muito intenso."

"A mãe precisou vestir a filha, pois a mesma estava sem condições físicas e emocionais de fazê-lo. Para conter o sangramento, que estava muito intenso, a declarante colocou uma fralda na filha. (?) Quando a filha da declarante foi chamada para ser atendida, chamou a atenção da declarante a reação da médica ao examinar TESTEMUNHA PROTEGIDA THEMIS. A médica expressou muito espanto, e ao se dirigir à declarante, a primeira pergunta que ela fez foi 'quem que fez isso?'. Naquele momento, a declarante e a filha estavam com medo e vergonha de relatar a verdade, então disseram que havia sido um namorado. A médica disse 'isso tá muito feio. Namorado seu, você tem certeza?'", relata o documento.

A advogada descreveu o segundo caso como crime de tentativa de estupro, praticado durante os jogos universitários Interfau, em setembro de 2016, no município de Biritiba Mirim, contra a vítima testemunha protegida chamada Freya. Ela descreve que Prior tentou conter a vítima fisicamente por meio do uso da força, mas não conseguiu, e a vítima escapou.

O terceiro relato é de crime de estupro, praticado durante os jogos Interfau em setembro 2018, no município de Itapetininga, tendo como vítima a testemunha protegida chamada Ísis. Ela descreve que Prior se aproveitou de sua embriaguez para praticar atos libidinosos e conjunção carnal, com uso de violência física, mesmo diante do choro da vítima.

Ainda em março, as advogadas pediram à Justiça que a polícia abrisse investigação e que Prior fosse proibido de manter contato com as supostas vítimas, mas a juíza Patrícia Cruz negou. No despacho, ela afirma que os supostos crimes ocorreram em anos distintos, sem conexões entre eles, e em comarcas diferentes. A juíza também recomendou que as advogadas pedissem a abertura de investigação diretamente à polícia. A advogada disse que vai recorrer da decisão.

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