Recomeçar. Esse é o lema de Joyce Mattos, 33 anos, e ex-morena do grupo É o Tchan. Depois de sua saída conturbada do grupo, com direito a um vídeo em que fazia denúncias de maus tratos, ela só quer esquecer o que passou e focar no futuro.
Uma das mudanças da nova Joyce está bastante visível. A ex-morena do Tchan agora é loira. ''Jamais seria loira do Tchan. Fui morena porque tinha que ser morena, e me esforcei ao máximo para estar à altura da eterna dona deste lugar, que é Scheila Carvalho. Não cuspo no prato em que comi, mas jamais voltaria para o grupo'', diz ela que, em entrevista durante o ensaio fotográfico na Praia de Itapuã, revelou ainda que foi agredida por Cumpadre Washington.
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''Houve agressão física, sim. Uma vez ele me sacudiu no palco, em um show que fui fazer sozinha. Foi em Pernambuco, na frente de todo mundo'', lembra ela que do antigo trabalho só quer receber tudo o que tem direito e focar no futuro, na carreira de cantora. Procurada pelo EGO, a asessoria de imprensa do É O Tchan disse que Cumpadre Washington não irá se manifestar: "Sobre esse assunto, O É O Tchan não vai mesmo se pronuncia."
EGO:O que houve com o vídeo? Você vazou aquelas reclamações sobre o grupo de propósito?
Joyce Mattos: Não fui demitida por causa do vídeo. O vídeo foi feito para uma pessoa. Quando cheguei de viagem, fui chamada para uma reunião. Eles queriam assinar minha carteira, mas não queriam acertar valores retroativos, queriam assinar como se a gente ganhasse salário mínimo, só que a gente ganhava cachê. A partir daí meu empresário disse que não poderia ser assim, que se fosse o caso, me demitissem, que eu não iria pedir pra sair e ficamos entendidos. Só que a pessoa para quem mandei o vídeo vazou as imagens. A pessoa me traiu, vazou o vídeo e eles usaram isso para dar satisfação pela minha saída.
No vídeo você fala de agressão moral. Sofreu algum tipo de agressão?
Teve agressão moral, sim, e durante os cinco anos que trabalhei no grupo, houve agressão física também. Uma vez ele (não fala o nome, mas refere-se a Cumpadre Washington) me sacudiu no palco, em um show que fui fazer Pernambuco. Foi na frente de todo mundo. Ele bebeu muito e se incomodou porque eu brincando com um roadie. Ele me sacudiu e depois me colocou para fora do palco. Sempre presei a imagem dele e nunca falei sobre isso, mas depois que fui enxovalhada por familiares dele, resolvi falar. Já fui agredida por ele, sim. Em show, ele esbarrava na gente, dava cotovelada, bicudinha no pé.
Vocês eram proibidas de aparecer?
A gente nunca foi enganada. Assim que entramos na banda nos informaram que não iriam trabalhar nossa imagem. O que é ruim é que a gente imaginou que, com o tempo, iria para as TVs. Mas a gente foi limada de fazer televisão até das TVs regionais. Começaram a colocar grupo de dança no nosso lugar. Ou seja, enquanto a banda estava na merda, nosso trabalho valia. Depois que o grupo foi levantado, nosso trabalho não prestou mais.
Dizem que você vazou o vídeo para aparecer.
Um vídeo polêmico não seria a melhor forma de aparecer. Fiz o vídeo como uma prova do que estava passando. E, se fosse necessário, usaria no futuro. Mandei para uma pessoa, e ela vazou. Expus tudo o que a gente estava passando na banda.