No mês da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, João Diamante fala sobre o desejo de se tornar protagonista e comandar um programa de gastronomia de TV. Jurado do Minha Mãe Cozinha Melhor Que a Sua, exibido pela Globo, o chef lembrou que é preciso mais representatividade preta no segmento.
Falta muito espaço para homens e mulheres pretas, sobretudo as mulheres, que foram as precursoras. Eu acabo tendo essa visão por ter tido a oportunidade de reconhecerem o meu trabalho e poder estar em outros países. Mas, se perguntarmos a qualquer pessoa, se ela sabe o nome de um representante preto na culinária, poucas saberiam dizer”, disse com exclusividade para a coluna Fábia Oliveira.
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Sobre apresentar uma atração, Diamante foi categórico: “Falta, sim, espaço para os representantes pretos na culinária na TV. É um reconhecimento que eu busco, gostaria muito de apresentar um programa meu. Somos tão capazes quanto [qualquer outra pessoa], também temos o direito de nos tornar protagonista”.
João Diamante vai cozinhar um prato ancestral no Vim de Lá: Comidas Pretas, que vai ao ar neste sábado (23/11), na Vênus Platinada, com Milton Cunha e Mariana Bispo. Na atração, pratos com o sabor da África, incorporado na culinária brasileira.
Nele, o cozinheiro nascido na Bahia e criado no Complexo do Andaraí, na zona norte do Rio, vai mostrar uma mistura de quiabo, galinha e canjiquinha. Depois de descobrir sua origem na Nigéria, Diamante decidiu seguir a cozinha do seu povo.
Eu só estou aqui porque muitas pessoas pretas morreram. A minha função é resignificar o que foi a escravidão. Até por isso, quis ter um restaurante no Cais do Valombo [na zona portuária carioca]”, refletiu se referindo ao Dois de Fevereiro, que se inspira na gastronomia africana, baiana e carioca.
Jurado da Corte do Carnaval 2025 no Rio
Além de chef de cozinha, João Diamante foi convidado para ser jurado do concurso que elege a Corte do Carnaval 2025 do Rio de Janeiro. Pela primeira vez, a disputa abriu vaga para a comunidade LGBTQIAPN+, levantando a pauta da diversidade.
Sobre a nova proposta, João explicou que “devolveu o Carnaval a quem é dono”. “Se não tinha diversidade antes, está reconhecendo que a Corte precisa ser diversa, inclusiva, devolvendo o protagonismo de quem sempre foi dono do Carnaval”, pontuou.
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