RIO ? "Em minha humilde opinião, só voltam em 2022". Essa é a previsão de Marc Geiger, figura forte da indústria musical, quanto ao retorno dos shows ao vivo com público por conta da pandemia do novo coronavírus.
Cofundador do Lollapalooza e ex-diretor musical na agência de talentos William Morris Entertainment, Geiger participou do "The Bob Lefsetz Podcast". "Vai levar esse tanto para o que eu chamo de economia germafóbica ser lentamente exterminada e substituída pela economia da claustrofobia, que será quando as pessoas vão querer sair para jantar, ter suas vidas normais, ir a festivais e a shows", opinou, segundo transcrição do site "Consequence of Sound".
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"Vai demorar a voltar ao normal, porque eventos de super propagação, como esportivos, shows e festivais, não se sairão muito bem enquanto o vírus estiver assim tão presente", seguiu Geiger.
Para o executivo, existem "provavelmente 20 obstáculos" que precisam ser superados até a música ao vivo conseguir voltar. "O vírus e a doença são um, espaçamento e densidade, outro. Um terceiro será os seguros e a responsabilidade", explicou, apontando que casas de shows e promotores terão dificuldade para encontrar seguradoras dispostas a cobrir os eventos.
"Por isso, acredito que os próximos seis meses possam ser ainda mais dolorosos que os últimos seis, e talvez os seis seguntes depois destes sejam ainda mais", concluiu.