
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ironizou o filme Ainda Estou Aqui e criticou a atriz Fernanda Torres. A produção, dirigida por Walter Salles, está concorrendo à três categorias do Oscar: de Melhor Filme Internacional, Melhor Atriz (Fernanda Torres) e Melhor Filme.
Durante uma entrevista ao Portal Léo Dias, Bolsonaro ironizou a produção e falou sobre Rubens Paiva, político cassado e desaparecido durante a ditadura militar, história no qual o filme se baseia. Questionado se assistiu ao filme, o político disparou: “O filme tinha que começar comigo”, declarou.
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Filme 'Ainda Estou Aqui' deveria começar comigo, diz Bolsonaro
— 98 FM Natal (@98FMNatal) February 26, 2025
O ex-presidente falou sobre o longa em entrevista ao repórter Léo Dias na terça-feira (25). Ao ser questionado se iria torcer para a obra protagonizada por Fernanda Torres no Oscar 2025, Bolsonaro ironizou. pic.twitter.com/4J0oFkCUtR
Bolsonaro continuou: “Família Paiva, você tem que falar em Eldorado Paulista, a minha cidade. Você tem que falar em maio de 70, quando passou o Lamarca na cidade. Por que o Lamarca achou aquele lugar de guerrilha? Pode ser que não tem nada a ver com o Rubens Paiva”, afirmou.
Opinião sobre o filme
Perguntado sobre ter assistido ao filme, Bolsonaro foi direto: “Eu não tenho tempo de ver filme, até ler livro é quase impossível pra mim”, disparou.
Já sobre a torcida no Oscar, o ex-presidente desviou do assunto: “O brasileiro ganha em qualquer lugar”.
Críticas à Fernanda Torres
Ainda na entrevista, Bolsonaro criticou Fernanda Torres. “A mensagem ali é política. Ela falou que no meu governo não seria possível fazer aquele filme. Não seria por quê? Eu proibi algum filme no meu governo?”, questionou ele se referindo a uma crítica feita pela atriz.
Ele continuou: “Eu arrumei a Lei Rouanet, se bem que não tem Lei Rouanet nesse filme. Eu não persegui ninguém. Meu governo não perseguiu ninguém”, alegou.
Ainda Estou Aqui
O filme de Walter Salles conta a história de Eunice Paiva, esposa do ex-deputado federal Rubens Paiva.
Paiva foi assassinado pela ditadura militar no Brasil e seu corpo jamais foi encontrado.
O filme é inspirado no livro de mesmo nome, escrito por Marcelo Rubens Paiva.
Desde sua estreia no circuito brasileiro, em 7 de novembro de 2024, Ainda Estou Aqui havia levado mais de 3,6 milhões de pessoas aos cinemas até o dia 26 de janeiro.
É um dos 20 filmes brasileiros mais vistos de todos os tempos.
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