Nesta quinta-feira (3), os artistas Francisco, el Hombre e Monsieur Periné abriram o palco Sunset com um show marcado pelas manifestações políticas. Pela Amazônia, pelas mulheres e contra o presidente Jair Bolsonaro.
Musicalmente, as veias da América Latina estiveram abertas durante pouco mais de uma hora sobre o Palco Sunset do Rock in Rio na tarde desta quinta-feira (3) - pelo menos, de uma parte dela.
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Francisco, el hombre - grupo formado por mexicanos e brasileiros - e os colombianos do Monsieur Periné jogaram as cartas na mesa logo de casa: fusão de elementos latinos ao jazz, música eletrônica e Rock.
No entanto, a apresentação começou com o exercício de francofonia "Tu m?as promis" - o idioma de Victor Hugo voltaria a aparecer um pouco mais à frente, na terceira canção do setlist, "Ton silence".
No entanto, a latinidade não tardou a se firmar com "Mi libertad" - quando o show ganhou contornos de protesto ecológico - e "La muerte".
Momento mais emotivo do show, "Triste, louca ou má" foi entoada como uma homenagem às mulheres em geral personalizadas por Ágatha Félix, Marielle e Dilma, entre diversas outras, que tiveram fotos projetadas em um telão.
Seguiram-se "Calor da rua", com direito a abertura de bandeira do Movimento dos Sem Terra e o primeiro Mosh pit - roda - do dia, e a ironia crítica de "Tá com dólar".
A essa altura já convertida em manifestação política - com direito a xingamentos da plateia ao presidente Jair Bolsonaro - o show chegou ao fim com contornos catárticos durante as execuções de "Bolsonada" e "Chão, teto, parede".