Travis Scott fechou o primeiro dia de Rock in Rio, uma sexta-feira dominada pelo trap. Foi o auge de uma noite de batidas graves, vozes distorcidas e letras sobre os vários prazeres da vida, como é comum nesse sub estilo do rap.
Ludmilla foi a única que fugiu deste clima de festa trap: a cantora fez um show sisudo, após uma tarde de tretas com a produção do festival. A sexta-feira (13) de Rock in Rio teve ainda apresentações de astros do gênero como 21 Savage, Matuê, Veigh, Kayblack, Orochi e MC Daniel.
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O sábado (14) de festival tem Lulu Santos, Zara Larsson, OneRepublic, Imagine Dragons, NX Zero e mais. Katy Perry, Shawn Mendes, Imagine Dragons, Avenged Sevenfold e Ed Sheeran são as atrações principais dos próximos dias.
Travis Scott
Travis Scott fechou o primeiro dia de Rock in Rio, uma sexta-feira dominada pelo trap, sub estilo do rap que vai muito bem nas paradas, e chamou três fãs ao Palco Mundo. Mesmo começando com 40 minutos de atraso, o show foi o auge de uma noite de batidas graves, vozes distorcidas e letras sobre os vários prazeres da vida. Ao som de beats psicodélicos e pesados, Travis versa sobre o caos e provoca o caos. Poucos rappers em atividade têm esse poder de fazer um monte de gente se esgoelar, pular o mais alto que pode ou se jogar em rodas com tanta intensidade. Leia mais sobre o show de Travis Scott.
MC Cabelinho
MC Cabelinho mostrou uma mistura improvável de canto em coral e de autotune -- a ferramenta para distorcer a voz que é usada como recurso estético, principalmente no rap e no funk. Embora subaproveitados na apresentação, músicos do projeto Coral das Favelas ajudaram a aprimorar o repertório do cantor. Cabelinho aproveitou a oportunidade para anunciar um novo álbum: "Não Sou Santo, Mas Não Sou Bandido", previsto para o fim de 2024. Leia mais sobre o show de MC Cabelinho no Rock in Rio.
21 Savage
O rapper 21 Savage fez a sua estreia em solo brasileiro com uma apresentação de menos de uma hora. Seu DJ, Marc B, foi o responsável por convocar o público para frente do palco em uma performance de 15 minutos. Ele conseguiu animar a plateia, mas quando Savage entrou, o clima ficou mais sério e contemplativo. Em menos de uma hora, ele passou por músicas como "On BS", "rockstar", "Creepin'" e "redrum". Leia mais sobre o show de 21 Savage no Rock in Rio.
Orochi, Chefin e Oruam
Orochi, Chefin e Oruam levaram o trap para uma enorme plateia que se espremeu para ver o show deles no Palco Sunset. Com o típico autotune que é marca do gênero, os rappers cantaram faixas como “Tropa do mais novo”, “Invejoso” e “Horas iguais”. Eles também entoaram um trecho do funk “Rap da Felicidade”. Os cantores deixaram o palco ovacionados, ainda com uma plateia lotada, reforçando que o festival subestimou o potencial da atração: faria mais sentido eles no palco Mundo, o principal. Leia mais sobre o show de Orochi, Chefin e Oruam no Rock in Rio.
Ludmilla
Dois anos após fazer um show histórico no Palco Sunset do Rock in Rio, Ludmilla estreou no Palco Mundo, o maior do evento. Tinha tudo para dar certo, mas não deu. Carão sisudo, olhos aparentemente marejados e versos inéditos vingativos deram o tom de uma performance prejudicada pelas tretas entre cantora e festival, horas antes. A organização do Rock in Rio exigiu mudanças na estrutura do palco de Lud e alegou problemas técnicos. Lud quase desistiu, mas foi para o palco. Ela fez uma boa apresentação, mas aquém de seu potencial. Leia mais sobre o show de Ludmilla no Rock in Rio.
Matuê
Se há um astro do rap com apelo jovem no Brasil, o nome dele é Matuê. Em sua estreia no Palco Mundo, o artista cearense de 30 anos rimou sobre sexo e maconha para uma multidão formada principalmente por garotos adolescentes. "Já que a gente não pode acender no palco...", brincou antes de emendar: "Passa o Bic, põe no ar...". Maior sucesso do artista, "Quer Voar" serviu para colocar fogo na plateia. Matuê é quase um sinônimo da versão brasileira do trap -- uma vertente mais arrastada do rap, que tem feito sucesso nas paradas musicais. Leia mais sobre o show de Matuê no Rock in Rio.
Orochi, Chefin e Oruam
Orochi, Chefin e Oruam levaram seu trap para uma enorme plateia que se espremeu para ver o show dos artistas no Palco Sunset. Foi um show agitado, com hits brisados, opulentos e sensuais das carreiras dos três músicos, além de outros feats. O momento mais agitado foi durante “10 Carros”, quando Chefin pediu para os fãs abrirem “uma roda punk” — e foi atendido com fervor. Os cantores deixaram o palco ovacionados, ainda com uma plateia lotada, reforçando que o festival subestimou o potencial da atração: faria mais sentido eles no Palco Mundo, o principal. Leia mais sobre o show de Orochi, Chefin e Oruam no Rock in Rio.
Veigh e KayBlack
Uma modelo entra na cena segurando o cinturão. Um narrador no estilo dos espetáculos de boxe apresenta os rivais: de um lado, KayBlack; do outro, Veigh. A turma entendeu a brincadeira, aplaudiu e vaiou cada "atleta", de acordo com o respectivo gosto. No Palco Sunset, a dupla de trap fez um show grandioso, com queima de fogos, pirotecnia e dançarinos. A "luta" foi uma saída para que os dois conseguissem mostrar suas potências separadamente: ora Kay entrava no palco, ora Veigh. Leia mais sobre o show de KayBlack e Veigh no Rock in Rio.
MC Daniel, Rebecca, MC Soffia e Funk Orquestra
O primeiro show do dia, no Palco Sunset, teve pulos de MC Daniel na plateia e a filha de Rebecca dançando passinho. MC Soffia e Funk Orquestra também fizeram parte de uma festa funkeira, cheia de hits como “Vai novinha”, “Ai preto”, “Tá ok”, “Combatchy” e “Marretada do Thor”. O repertório ainda deu espaço para versões em funk de músicas de outros ritmos, como “Ela é carioca”, “Garota de Ipanema” e “Águas de março”. Leia mais sobre o show de MC Daniel e Funk Orquestra no Rock in Rio.