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Sílvio Melo lança 'Olhar que me comove', com crônicas interioranas

Escritor de Santana do Ipanema celebra destaque na Bienal do Livro; obra reúne observações de um espectador apaixonado por histórias

Santana do Ipanema é uma típica cidade interiorana do Nordeste brasileiro. Apesar do desenvolvimento, ainda guarda suas ruas características, um povo alegre e festivo, as paisagens sertanejas de belezas surpreendentes e que mudam a cada dia que o sol nasce atrás da serra. Além de tudo isso, Santana guarda histórias. Parte delas está compilada na nova obra do escritor Sílvio Nascimento Melo, que acaba de lançar “Olhar que me comove”, apresentado ao público durante a 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas.

O santanense selecionou 42 crônicas para compartilhar com os leitores, nesta que é sua estreia no universo editorial. Apesar de ser um conhecido e prestigiado pesquisador e escritor, o alagoano nunca havia lançado um livro. No primeiro vislumbre de um novo autor da terra de Breno Accioly - um dos maiores contistas da literatura brasileira - Sílvio Melo exibe de forma sensível a maneira como percebe o mundo, mostrando que há beleza, graça e força na vida: basta olhar do jeito certo.

A obra sai pela SWA Instituto Editora, que já coleciona mais de 40 títulos em seu portfólio. A editora também é de Santana do Ipanema e dá vazão à efervescência cultural e literária da cidade sertaneja. Durante a 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, que ocorreu entre os dias 11 e 20 de agosto deste ano, o livro “Olhar que me comove” se destacou e foi o título mais vendido da editora e, ainda, o mais vendido entre os estandes das editoras de médio porte.


			
				Sílvio Melo lança 'Olhar que me comove', com crônicas interioranas
Sílvio Melo celebra ter a obra mais vendida entre editoras de médio porte na Bienal de Alagoas. Cortesia

“Apesar de eu escrever já há muito tempo, esse é nosso primeiro livro. Ele surgiu a partir do estímulo de amigos e familiares, que continuam me incentivando a compartilhar os pensamento, observação e esse meu olhar sobre o mundo e as coisas”, conta Sílvio Melo.

“Encontramos amigos e familiares na Bienal, que voltou com tudo e reuniu tanto apaixonados pela arte de escrever. Foram esses amigos os primeiros leitores e entusiastas dessa obra. Recebi várias encomendas de livros após a Bienal, esta semana enviamos mais de 20 livros, de pessoas que não puderam comparecer ao evento. Isso é muito gostoso, né? E compartilhar isso é uma forma de estimular outros amigos escritores a acreditarem e continuarem a escrever”, continua o escritor.

Espectador empolgado do cotidiano e apaixonado pela história, Sílvio Melo entrega em suas crônicas relatos autobiográficos, fatos observados, personagens do itinerário do interior, além de crônicas ficcionais embebidas por essa atmosfera gostosa e nordestina.


			
				Sílvio Melo lança 'Olhar que me comove', com crônicas interioranas
Familiares e amigos do escritor prestigiaram lançamento na Bienal do Livro de Alagoas. Cortesia

“Uma delas é a ‘Cadê o meu bloco?’. Ela nasceu durante a pandemia. Como não teve carnaval, os amigos combinaram de fazer uma live e participei como mediador. Dessa conversa surgiram visões e histórias dos carnavais. Tudo isso virou crônica”, conta.

No texto, o escritor transporta o leitor aos carnavais de antigamente, rememorando marchinhas e quase nos fazendo cantar e sair pelas ruas. Uma amostra da caneta afiada do santanense, que viveu por 10 anos no Recife, em Pernambuco. Dessa época, inclusive, traz mais algumas histórias. Foi no Recife que Sílvio conheceu Tadeu Rocha, um dos mais importantes pesquisadores e escritores do Nordeste, responsável por registrar o modernismo e o regionalismo da geração de 1945 e que assina a biografia de Delmiro Gouveia.

“A convivência no Recife foi um divisor de águas, no sentido de que eu aprendi muito. Era o fim da ditadura, a volta dos exilados. A vivência universitária, sindical e literária, tudo isso me fez gostar cada vez mais da leitura, mas também da pesquisa”, relata Sílvio Melo.

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“No livro, também exponho o meu olhar sobre a volta de Arraes do exílio. Foi um momento histórico para a história brasileira, especialmente pernambucana, porque foi o retorno do governador, um mito. Talvez tenha sido o maior evento político que eu presenciei, porque eu estava lá e o vi, literalmente, chegar nos braços do povo. Foi carregado para o palanque, é uma lembrança de arrepiar”, complementa.

Além das crônicas testemunhais, há crônicas ficcionais e outras inspiradas em personagens do cotidiano: “Faço um registro de um artista que, por incrível que pareça, é pouco conhecido na nossa terra. José Cândido da Silva é um dos autores, por exemplo, da música ‘Carcará’, que lançou Maria Bethânia e Nara Leão. Eu o conheci e até o convidei para vir à minha casa quando Maria Bethânia veio a Maceió na turnê que comemorou seus 40 anos de carreira. A crônica é o registro dessa passagem dele por aqui”, adianta o escritor.

“Temos também uma história sobre um botequim onde o dono farreava junto com os clientes. Ele participava e ainda ia buscar tira-gosto. São histórias assim, que todo interior tem. Também temos um relato de um amigo que é muito franco e que isso o fez viver certas situações”, complementa.


SÍLVIO MELO


			
				Sílvio Melo lança 'Olhar que me comove', com crônicas interioranas
Cortesia

Apaixonado pela história e cultura brasileira, em especial da sua terra, Santana do Ipanema, Sílvio Melo participou dos principais movimentos culturais santanenses nos anos 1970 e 1980, dentre eles o chamado “Movimento Candeeiro”. Além de cronista, o autor é pesquisador do escritor santanense Breno Accioly há mais de 35 anos. A vasta pesquisa, possivelmente, terá detalhes e fatos novos compilados em uma obra, ainda sem previsão para ser lançada.

“Tenho alegrias recentes para compartilhar. A maior alegria, além do sucesso da nossa obra na Bienal, foi ver a juventude aproveitando esse evento, que é tão importante para Alagoas. O movimento foi intenso, a programação diversa e a presença da juventude, de estudantes, alimentando o gosto pela leitura e pela cultura”, afirma Sílvio.

“Minha outra alegria é a efervescência cultural que vive Santana do Ipanema. Essa efervescência, esse gosto pela arte não está no passado. Tem criança fazendo poesia, um senhor de 85 anos que escrevia crônicas até pouco tempo antes de falecer. Quanto maior a efervescência cultural, mais a população tem conhecimento da sua história, fortalecendo a identidade”, finalizou o autor.

Para adquirir a obra - cuja capa estampa Henrique, de 7 anos, neto do autor, observando uma lagarta se transformar em borboleta - basta entrar em contato com o autor, por meio do telefone: (82) 99137-6964; ou pelo e-mail: [email protected]. Em breve, a obra também estará disponível no catálogo virtual da editora, que pode ser acessado no site: www.swainstituto.com.br.

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