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Poetas alagoanos revelam impacto da pandemia na produção literária

Neste domingo, 21 de março, é comemorado o Dia Mundial da Poesia

Ainda sob os efeitos da pandemia, desde o começo de 2020 temos nos adaptado às circunstâncias adversas. O cenário segue: isolamento social, mortes constantes, economia em colapso, descaso do governo. Neste domingo, 21 de março, é comemorado o Dia Mundial da Poesia e fomos investigar como tudo isso impactou a produção e a vida de quem se dedica aos versos.

Além de nas próprias mentes, os poetas buscam inspiração nas pessoas, nas ruas, na natureza e nas experiências sociais. A Gazetaweb conversou com Fernando Fiúza, poeta alagoano, e professor da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), sobre como tem sido trabalhar com as palavras nestes tempos

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"No meu Instagram estão publicados os poemas que escrevi desde março do ano passado até o dia 31 de julho. São quase 100 poemas sobre a pandemia. A série se chama Coronaversos”, explica o poeta.

“A partir de agosto, diversifiquei os temas, mas foram escritos durante a pandemia, salvo um ou outro que tirei de livros meus já publicados, o que está assinalado nas postagens. Também escrevi poemas que serão para meu próximo livro e não para as redes sociais”, diz.

Apesar de tudo e das circunstâncias mórbidas, ele conta que a solidão teve um lado “perversamente positivo”.

“O isolamento não bloqueou minha criatividade, pelo contrário. Como sou professor de literatura na Ufal e não houve aula ano passado, tive mais tempo de me dedicar à poesia. Portanto, a pandemia foi perversamente positiva para mim, no que diz respeito ao ato de escrever. Sofro mais pelos outros”, revela.

Imagem ilustrativa da imagem Poetas alagoanos revelam impacto da pandemia na produção literária
| Foto: Reprodução/Instagram

O jovem Madson Costa, um dos ganhadores do Prêmio Diversidades Literárias, promovido pela Secretaria de Estado da Cultura de Alagoas (Secult-AL), conta que não parou de escrever durante a pandemia, mas que a poesia acabou em segundo plano, já que tem se dedicado mais aos textos científicos e factuais.

"A pandemia, para mim, está sendo uma das piores experiências da minha vida, tanto pra minha saúde mental,quanto artisticamente, já que não está havendo mais eventos para divulgação de trabalhos”, revela Madson.

“É meio complicado, porque eu decidi não escrever mais poemas antes da publicação do meu livro (esse que saiu agora), mas eu diria que a falta de contato com o mundo exterior diminuiu a minha inspiração artística, o que acarreta na perda de qualidade do que escrevo”, diz.

“Mas, hoje em dia, voltei a escrever e diria que a pandemia seca minhas vontades e planos. O mundo, as pessoas e as experiências são a minha inspiração, ficar enclausurado em casa é um pouco deprimente."

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