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Músicos de Alagoas apelam por ajuda em meio à crise causada pelo coronavírus

Muitos deles sobrevivem apenas das apresentações musicais; com a quarentena, passam dificuldades e pedem atenção da administração pública

O mundo todo enfrenta uma crise em diversos setores desde que a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) se instalou. Em Alagoas, um dos grupos que mais sofre é o de músicos, uma vez que muitos deles sobrevivem apenas de suas apresentações. Dedé Alagoas é um destes e chamou atenção ao viralizar com uma composição própria (veja o vídeo abaixo), já durante a quarentena, na qual pede ajuda do governador Renan Filho (MDB).

Em meio à crise, foi criada, inclusive, a Comissão Provisória dos Músicos, que protocolou, junto aos órgãos da administração pública, um requerimento solicitando medidas para a classe.

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A música de José Luiz da Silva, conhecido como Dedé Alagoas, é simples e direta. Os trechos carregam a problemática ("Nossa mesa começou faltar o pão / sem trabalho, o que nós vamos fazer?") e questionam ("Diga, seu governador, o que será de nós? Sem termos onde trabalhar, como vai ser?") o poder público sobre a situação.

Dedé explicou, àGazetaweb, que a dificuldade financeira começou um pouco antes da quarentena. "Eu vivo 100% da música e existem milhares de pessoas nessa situação só aqui em Maceió mesmo. Eu sei o que eles estão passando. Desde que começou a pandemia, está tudo parado, mas, antes de parar, já estavam escassas as tocadas. Era uma média de uma tocada ou duas por semana, dando só pra feijão, esses mantimentos", contou.

A música foi criada na semana passada. Por enquanto, o retorno tem sido apenas a maior visibilidade ao cantor do Trio Gogó da Ema. "Mandei pra um monte de gente devido à situação que a gente está passando. O retorno é de ver que alguém compartilhou, as pessoas ligando pra parabenizar a música. Estou usando esse tempo forçado em casa para tentar criar e ver se consigo algo por meio de direitos autorais de músicas minhas, pensando numa live também com composições próprias. Sei que não é fácil, mas, se a gente tentar, a gente consegue", expôs.

Comissão

O problema aflige vários músicos por todo o estado e, por isso, dez pessoas que trabalham na área criaram a Comissão Provisória dos Músicos para poder protocolar, tanto na Secretaria de Estado da Cultura de Alagoas (Secult), quanto na Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC), um requerimento pedindo medidas para aqueles que dependem da música para sobreviver.

O representante da comissão, Cícero Filho, deu detalhes. "Esse requerimento apresenta uma série de medidas que a gente solicita que sejam adotadas para minimizar os problemas que surgiram com essa pandemia em relação aos músicos, que, em sua maioria, trabalham na informalidade. São milhares por todo o estado que atuam em barzinho, bailes, bandas de forró, de pagode, além dos músicos instrumentistas".

Cícero destaca a maior preocupação do grupo. "Solicitamos uma ajuda humanitária. Nossa maior preocupação é que sejam beneficiados quem realmente precisa. Existem aqueles que vivem só da música, que dependem do cachê para as suas necessidades básicas. A gente espera que qualquer medida que seja tomada, de qualquer âmbito, leve em consideração isso. É muito triste essa situação. Os profissionais que levam alegria, lazer, hoje são os que estão sofrendo", conclui.

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