
Equilibrando-se entre a realidade e a ficção. É assim que vive Carlito Lima, escritor alagoano que acaba de lançar seu 25º livro, o romance “Beata Tereza Cansada de Reza”. Esse fascínio pela realidade local - e também pela beleza do que é inventado -deságua em suas obras, que misturam a crônica alagoana com as histórias originais de um homem que, aos 84 anos, se obriga a escrever pelo menos um texto por semana.
No novo título, Carlito Lima convida os leitores a acompanharem um triângulo amoroso que cresce às margens do Rio Poxim e é cercado por um pseudocrime e pela religiosidade da comunidade local. De acordo com o autor, a obra fala de poder e libertação, com detalhes pitorescos da vida na pequena vila de pescadores que serve de cenário para a trama. Ele revela que tudo acabará em frevo, mas que isso não é um spoiler. Há muitas surpresas nesse carnaval.
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“Todos os meus romances têm como pano de fundo os cenários de Alagoas e as histórias da gente. Esse novo livro traz a história de uma moça que se tornou beata muito cedo, assim como existe Padre Cícero e outros. Ela leva um tiro, mas não morre. A bala bate em uma medalha que ela trazia no pescoço, fazendo a comunidade pensar que ela opera milagres. Por acaso, uma equipe de televisão está passando por ali e registra o caso, fazendo isso crescer ainda mais”, adianta o escritor.
O título da nova obra faz referência a um outro livro, ‘Tereza Batista Cansada de Guerra’, de Jorge Amado. “A diferença é que no livro do Jorge Amado, ela é uma prostituta. No meu, é uma santa”, brinca Carlito.

Militar, engenheiro, político, agitador cultural, amante da boemia, pesquisador, acumulador compulsivo de causos populares. Definir Carlito Lima é uma aventura. Mesmo tendo se lançado na carreira literária aos 61 anos, em 2001, o escritor já acumula outras 24 obras, além deste “Beata Tereza Cansada de Reza”: dois livros de memórias, ‘Confissões de um Capitão’, cinco romances e 17 de crônicas e contos. Reconhecido e procurado por eventos literários Brasil afora, o escritor alagoano chegou a ser entrevistado por Jô Soares, que destacou, entre outras coisas, a forma como Carlito Lima conta suas histórias.
“Eu escrevo porque eu gosto de escrever. Comecei e não sei mais parar. E não escrevo para intelectuais, sou apenas um contador de histórias, que escreve como quem tá conversando, sem nada rebuscado. Tudo num estilo coloquial. Eu acho que é assim que o povo gosta”, afirma.
Para adquirir a nova obra, os interessados podem entrar em contato pelo WhatsApp: (82) 99690-9964; ou pelo e-mail [email protected].