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Dia da poesia: gerações de poetas alagoanos falam sobre o gênero

Felipe Benício e Sidney Wanderley compartilham paixão pelos versos e refletem o papel da poesia hoje

Contar histórias, dar vida a sentimentos, encontrar palavras que expressem da melhor forma as experiências. São com os olhos atentos aos pequenos detalhes que os poetas transformam o cotidiano em arte.

Criado para dar mais visibilidade e homenagear os poetas, neste 21 de Março é celebrado o Dia Mundial da Poesia, escolhido na XXX Conferência Geral da Unesco, em 1999.

Presente nas mais variadas culturas, mesmo com o avanço das tecnologias e algumas mudanças de costumes da sociedade, o gênero literário tem crescido cada vez mais em Alagoas, de acordo com o poeta Felipe Benício.

“Nem é necessário fazer uma pesquisa muito aprofundada para constatar que a poesia é o gênero mais publicado nos últimos anos em Alagoas. Basta olhar os resultados dos editais de publicação de livros, os números de inscrições nos concursos literários promovidos pela Secult-AL e o catálogo das editoras independentes do estado”, disse ele.

Acreditando em uma poesia alagoana de alta qualidade, Felipe ressalta que os desafios dos poetas de Alagoas vão da manutenção de políticas públicas voltadas para a literatura até a estruturação e consolidação de uma crítica cultural literária que possa escrever e refletir sobre as obras publicadas.

Em contrapartida, o poeta Sidney Wanderley afirma que a poesia nunca esteve em total evidência em Alagoas. Segundo ele, o gênero sempre foi elitista e considerado por muitos algo que “qualquer pessoa pode fazer”.

“É um nicho muito específico, mais restrito, que requer um leitor muito mais atento e dedicado, por isso tem gente que prefere a prosa, os romances… vai ser sempre assim!”.

Mesmo com as interferências do tempo, Felipe Benício afirma que ainda é possível encontrar referências de Shakespeare em poemas atuais, por exemplo. Para ele, a poesia vai deixando marcas, formas consistentes, que resistem à passagem do tempo e às mudanças do mundo.

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“Embora os poetas ainda escrevam sobre amor, morte, destino e o próprio fazer poético — como faziam séculos atrás — é inevitável que a poesia também incorpore temas e assuntos caros ao mundo atual. Nesse sentido, não posso deixar de mencionar os experimentos que dialoguem com as tecnologias do presente, às vezes de forma muito irônica, como os ‘Poemas escritos com o auxílio do Google’, da Angélica Freitas, e os experimentos mais radicais da escrita não criativa, que propõem uma reapropriação de textos preexistentes… a poesia é um eterno recriar-se”.

Amantes da literatura, os dois poetas alagoanos buscam inspiração nos mais diversos pontos da rotina e nos variados autores que deixam suas marcas registradas nas páginas da vida. Com o afeto pela arte de escrever surgido a partir de momentos de aprendizagem, para Felipe, durante a época de escola, e, para Sidney, durante a época da faculdade de medicina, os poetas têm suas histórias interligadas por versos e palavras.

Para aqueles que partilham do amor pela arte literária, o veterano poeta Sidney Wanderley aconselha que bebam das mais diferentes fontes e explorem os clássicos.

“Eu ainda não consegui ver ninguém viver apenas da poesia, nem Drummond conseguiu. Mas, para aqueles que sonham com isso, eu recomendo uma leitura maciça dos grandes autores e poetas. Além disso, se atentem aos detalhes, às conversas, aos pontos observados”.

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