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Explosões, sons de motores e introspecção. Apesar de parecer difícil unir esses três elementos, são justamente eles que delineiam “Furiosa: Uma saga Mad Max”, que é a estreia da semana nos cinemas. O filme expande o universo criado há 40 anos por George Miller e traz uma novidade complexa: o protagonista deu lugar a uma personagem até então secundária e que se destacou em “Estrada da Fúria”, lançado há quase dez anos.
Desta vez, Furiosa é interpretada pela atriz Anya Taylor-Joy (O gambito da rainha). No filme de 2015, quando a produção levou seis Oscars, a personagem foi vivida pela lendária Charlize Theron. Anya, claro, a sucede de maneira magistral e consegue encarnar uma personagem com ainda mais tensão.
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Isso porque, diferente de “Estrada da Fúria”, neste novo filme a personagem central tem apenas 30 linhas de diálogos, em uma obra com pouco mais de duas horas de duração. O exercício de contar a história com silêncios em meio aos estrondos apocalípticos é bem sucedido — um destaque poderoso para a atuação e também para a direção, que conseguiu traduzir a carga psicológica de um mundo depois do fim, sem comprometer as sequências de ação coreografadas que faz a areia subir naquele deserto imenso.
“Quando conhecemos a Furiosa que eu interpreto, ela está fingindo ser um menino, está tentando ser invisível”, disse Taylor-Joy à Folha de S. Paulo. “Ao mesmo tempo, ela sempre soube do que era capaz, inclusive fisicamente.”
O filme é marcado pela violência, a brutalidade que contamina todos os tipos de pessoas que buscam, em meio a tudo aquilo, o básico para sobreviver, como água, combustível e armas.
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No filme original, de 1979, o personagem Max, eternizado por Mel Gibson, enlouquece e passa a percorrer a sinuosa estrada da vingança após sua família ser assassinada por saqueadores. Desta vez, é Furiosa quem verá sua mãe ser literalmente crucificada por Dementus, o vilão maníaco interpretado por Chris Hemsworth.
No fim, apesar de não ter o molho inesperado do antecessor, “Furiosa: Uma saga Mad Max” chega muito perto e garante um sabor que poucas histórias de origem de personagens icônicos conseguem alcançar.
Além de ver Chris Hemsworth em um papel complexo e gostoso de assistir, mostrando que ele é muito mais que o impecável Thor, da Marvel, ficam mais dois recados no ar: Anya Taylor-Joy precisa ser usada pelo cinema, o público merece vê-la em uma infinidade de papéis; e Miller, aos 79 anos, tem muita gasolina para queimar e segue genial.