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“Anjo Negro”: espetáculo aborda temas como racismo, violência e incesto

Peça de conclusão do curso de teatro do CEPEC acontecerá no dia 14 de julho, no Teatro Arte Pajuçara


			
				“Anjo Negro”: espetáculo aborda temas como racismo, violência e incesto
Escrita em 1946, originalmente como uma peça teatral, “Anjo Negro” narra a história de Ismael, um médico negro. Reprodução

Racismo, incesto, violência contra a mulher e crianças. Esses são alguns dos temas abordados no espetáculo “Anjo Negro”, baseado na obra de Nelson Rodrigues, que terá apresentações no dia 14 de julho, às 17h e 19h30, no Teatro Arte Pajuçara. A peça é mais uma produção do curso livre de teatro do Centro de Pesquisas Cênicas (CEPEC).

Escrita em 1946, originalmente como uma peça teatral, “Anjo Negro” narra a história de Ismael, médico negro que mantém Virgínia, sua esposa branca, confinada. Os três filhos deles acabam sendo afogados por Virgínia em um tanque, por serem negros como o pai.

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Em um corte temporal, a história dá um salto de 15 anos, quando surge Ana Maria, branca e cega, apaixonada por Ismael, que acredita ser seu pai e o único homem branco do mundo.

A direção geral conta com Aldine de Souza e direção de movimento, cenografia e iluminação de Claudemir Santos. O espetáculo traz no elenco atores/alunos da turma nível Intermediário I: Anderson Costa, Antony Alan, Dafne Lima, Edgard Camilo, Ernesto II, Francilene Farias, Gabryel Galb, Kyvia Amorim, Querino Neto e Suzany Rodrigues; além dos atores/alunos convidados Pedro Salves e Victor Soares.

De acordo com Aldine de Souza, a obra de Nelson Rodrigues trabalha a ambiguidade com a alusão estereotipada. “Isso vai além da cor. O autor coloca o protagonista preto de uma forma proposital, justamente porque no período em que foi escrita a peça, todos os protagonistas eram brancos. É uma obra muito extensa e então adaptamos e aprofundamos em alguns pontos, como, por exemplo, o próprio preconceito racial, a desigualdade de classes que é colocada e sempre ter a obsessão por ser branco para ter mais”, disse a diretora.

Suzany Rodrigues é uma das atrizes do espetáculo. Ela explicou que mergulhar no universo de Nelson Rodrigues é se deparar com temáticas polêmicas, provocadoras e muito contemporâneas.

“E assim, o meu processo para dar vida a Virgínia. Para isso, procurei focar na dualidade e nesse jogo de luz e sombra que atravessa todos os personagens de Anjo Negro. A Virgínia é uma mulher branca, muito sedutora, que se casou com Ismael, o médico negro, que não aceita sua própria cor, não aceita a sua condição de homem negro. E esse casamento interracial de uma mulher branca com um homem negro. Negro, é cercado de conflitos, crimes, violências e vinganças que vão sendo revelados ao longo da trama”, contou Suzany Rodrigues.

Ela ainda apontou a perspicácia de Nelson ao apresentar essa dualidade. “Nós temos isso, enquanto seres humanos, somos atravessados por ela também na vida fora do palco. Então eu acho que é isso que o público pode esperar da peça Anjo Negro."

O papel de Virgínia também será dividido com Kyvia Amorim. “Ela é uma personagem muito densa, com muitas camadas e personalidades. O trabalho inicial foi entender cada uma dessas nuances trazidas por ela. Em cada relação que será apresentada em cena, existe uma construção de personalidade, tom de voz, intenção. Virgínia não é vilã, mas menos ainda é mocinha e essa dualidade, que é presente na construção da nossa identidade enquanto pessoa, precisa estar claro”, explicou.

Para a atriz, "Anjo Negro" é uma peça que retrata o que a sociedade quer esconder. Fala sobre racismo, jogo de interesses, vulnerabilidade e é exatamente essa realidade que Nelson Rodrigues traz a tona em seu texto.

Com classificação indicativa de 14 anos, os ingressos podem ser adquiridos com o elenco, na recepção da escola ou no Sympla.

*com informações da assessoria.

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