Imagem
Menu lateral
Imagem
Gazeta >
Imagem
GZT 94.1 | Maceió
Assistir
Ouvir
GZT 101.1 | Arapiraca
Ouvir
GZT 101.3 | Pão de Açúcar
Ouvir
MIX 98.3 | Maceió
Ouvir
GZT CLASSIC | Rádio Web
Assistir
Ouvir
Imagem
Menu lateral Busca interna do GazetaWeb
Imagem
GZT 94.1
Assistir
Ouvir
GZT 101.1
Ouvir
GZT 101.3
Ouvir
MIX 98.3
Ouvir
GZT CLASSIC
Assistir
Ouvir
X
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

MPF dá 15 dias para UFAL corrigir exclusão de autistas em processo seletivo

Recomendação aponta falhas técnicas, entrevistas inadequadas e ausência de médicos em bancas que negam acesso a alunos com TEA


			
				MPF dá 15 dias para UFAL corrigir exclusão de autistas em processo seletivo
MPF dá 15 dias para UFAL corrigir exclusão de autistas em processo seletivo. Ailton Cruz

O Ministério Público Federal (MPF) recomendou, oficialmente, que a Universidade Federal de Alagoas (UFAL) aceite laudos médicos que atestem o Transtorno do Espectro Autista (TEA) como critério suficiente para acesso às cotas para pessoas com deficiência. A medida vale até que a instituição corrija falhas graves em suas bancas de avaliação biopsicossocial.

A recomendação, assinada pela procuradora da República Júlia Cadete, surgiu após uma série de denúncias e indeferimentos indevidos. Um dos casos investigados envolveu um estudante aprovado para o curso de Medicina em 2024, que teve a matrícula negada mesmo apresentando diagnóstico médico de autismo. A UFAL alegou ausência de barreiras sociais significativas. A decisão foi revertida na Justiça.

Leia também

Segundo o MPF, a banca que negou o direito ao estudante operava sem médicos e realizava entrevistas exclusivamente por videoconferência — práticas que descumprem até mesmo normas internas da universidade. Também foi constatado que candidatos com TEA eram submetidos a avaliações técnicas superficiais, sem considerar as particularidades do transtorno.

Diante disso, o MPF recomendou:

  • Aceitação do laudo médico de TEA como suficiente para acesso às cotas;
  • Reformulação das bancas biopsicossociais, com inclusão obrigatória de profissionais com formação médica e experiência com autismo;
  • Capacitação técnica dos avaliadores com base no Índice de Funcionalidade Brasileiro (IF-Br), usado pelo INSS;
  • Entrevistas presenciais como regra, salvo justificativa contrária;
  • Suspensão da exigência de comprovação de barreiras sociais, até que todas as falhas sejam corrigidas.

“A exigência de comprovação de barreiras, especialmente quando feita por bancas incompletas e despreparadas, tem levado à exclusão de autistas. A legislação é clara: o TEA é reconhecido como deficiência”, afirmou a procuradora Júlia Cadete.

A UFAL tem 15 dias para informar se irá cumprir as recomendações e o que já foi feito nesse sentido. O MPF reforça que a medida é preventiva e busca garantir um processo de ingresso justo, inclusivo e alinhado com os direitos das pessoas com deficiência.

Procurada pela reportagem, a universidade informou que ainda não dispõe de um posicionamento, pois recebeu o ofício ao final da tarde de ontem. "O documento vai ser avaliado em todos os pontos e a Ufal responderá ao MP no prazo concedido".

*Com assessoria

App Gazeta

Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos

Aplicativo na Google Play Aplicativo na App Store
Aplicativo na App Store

Relacionadas

X