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Mais de 130 candidatos são reprovados em cota racial da Ufal

Na primeira etapa do Sisu deste ano, cerca de 1.187 autodeclarações foram analisadas e 1.056 aprovadas


				
					Mais de 130 candidatos são reprovados em cota racial da Ufal
Entrada da Ufal. Divulgação

131 candidatos autodeclarados pretos, pardos, indígenas ou quilombolas foram indeferidos na cota racial da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Eles tentam vaga nos cursos de graduação da instituição. Somente na primeira etapa do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) deste ano, cerca de 1.187 autodeclarações foram analisadas, destas, 1.056 foram aprovadas.

O trabalho é feito pelo Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi) em parceria com a Comissão Permanente do Vestibular (Copeve) e a Pró-reitoria de Graduação (Prograd). As bancas continuaram a acontecer nas demais chamadas do Sisu.

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O trabalho de análise durou em torno de 3 dias e resultou na aprovação de 1.056 candidatos, dentre eles 68 quilombolas e 23 indígenas. Para o coordenador do Neabi da Ufal, Danilo Marques, as bancas de heteroidentificação são uma ferramenta importante de efetivação da política de cotas e esse processo tem sido importante para o aumento de estudantes negros, quilombolas e indígenas na Universidade.

“No Brasil, temos uma diversidade na composição étnico-racial, onde a população negra é composta por pessoas pretas, geralmente com cabelo crespo e pele mais escura, e pessoas pardas, com tom de pele mais clara e traços do rosto mais afilados, mas que carregam consigo marcas sociais do fenótipo negro. Nesse sentido, a banca de heteroidentificação analisa se a pessoa autodeclarada preta ou parda é, de fato, sujeito de direito da política de ações afirmativas”, explicou Danilo.

O professor conta ainda que, além da cor da pele, é analisado um conjunto fenotípico que uma pessoa negra possui, como os traços do rosto, por exemplo, e que esse processo é adotado em todas as chamadas do Sisu, de graduação e de pós-graduação, assim como em concursos públicos.

“A banca é composta por três membros e os suplentes, seguindo o critério da diversidade, ou seja, homens, mulheres, pessoas pretas, brancas ou indígenas, assim como docentes, técnicos e estudantes são recrutados para participar das bancas, garantindo o ingresso de estudantes negros, quilombolas e indígenas”, complementou o coordenador do Neabi.

Bancas de heteroidentificação

As bancas de heteroidentificação foram implementadas na Ufal em 2018, sob a supervisão da professora Ligia Ferreira, à época, coordenadora do Neabi da Ufal, a fim de diminuir a possibilidade de fraudes nas vagas reservadas para pessoas pretas nos cursos de graduação e pós-graduação.

Histórico do sistema de cotas na Ufal

Desde 2003, a Ufal adere ao sistema de política de cotas para estudantes negros através do Programa de Ações afirmativas (Paaf), implementando pelo professor Moisés Santana, na época coordenador do então Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (NEAB), visando ingresso e permanência das pessoas contempladas pelo Paaf.

Naquele momento, a Universidade tornou-se uma das primeiras do país a destinar 20% das vagas para a política de cotas. Nove anos depois, em 2012, institui-se a lei n° 12.711, que destina 50% das vagas para estudantes negros ou de escola pública. Inicialmente, as vagas eram destinadas 60% para mulheres e 40% para homens.

*Com informações da Assessoria do Neabi

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