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HOME > notícias > COMPORTAMENTO

Cães voluntários dão e recebem carinho em abrigo de refugiados de SP

Casa para estrangeiros agora recebe projeto de terapia com cães

Desconfiança, preconceito, dificuldade com o idioma, choque cultural. Refugiados que chegam ao Brasil precisam lidar com esses e outros desafios para se adaptar à vida no novo país.

Mas um projeto de São Paulo se propõe a romper algumas dessas barreiras recorrendo a um tipo especial de morador para receber os estrangeiros: cães como Mambo, Nick, Napoleão, Google e Halana.

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O programa, chamado Melhor Amigo do Refugiado, leva cachorros para visitarem um abrigo voltado para estrangeiros na capital paulista. A coordenação é do Inataa (Instituto Nacional de Ações e Terapia Assistida por Animais), que já desenvolve terapia com cães em ambientes como asilos e hospitais.

Agora, duplas formadas pelos cachorros e seus donos vão mensalmente até a Casa de Passagem Terra Nova, abrigo estadual localizado no centro, passar uma hora com os moradores. "A ideia é trabalhar o trauma através do lúdico, da brincadeira", diz Tatiana Amêndola, diretora técnica na Secretaria de Desenvolvimento Social.

Adultos e crianças podem interagir, brincar e fazer carinho nos animais. "Pesquisas indicam que as linhas terapêuticas que utilizam o não verbal são mais eficientes para essas populações", diz Cristiane Blanco, psicóloga do instituto.

"Eles não precisam falar português com cães. Interagem fazendo carinho, passeando, escovando. É um espaço que quebra aquela coisa dura, de estar numa casa estranha, num país estranho, com pessoas desconhecidas", completa.

Cristiane lembra também que a presença dos cães facilita o contato dos estrangeiros com os brasileiros donos dos cachorros. "Eles se conectam com os nossos voluntários e acabam contando histórias de sua casa, trazendo boas lembranças".

A ONG, que atua desde 2008, tem 40 cães cadastrados. Os animais passam por avaliações de saúde e de temperamento, e são escolhidos aqueles mais sociáveis, que gostam de interagir com pessoas desconhecidas. Não há restrição de raça - só não podem se candidatar aqueles cães que precisam, por lei, andar de focinheira.

Natural de Angola, Paula, de 36 anos, chegou há um mês no Brasil. Ela diz que só teve cachorro quando era pequena, mas sempre gostou do animal. Durante a visita do G1 ao abrigo, os dois filhos dela interagiram com os cães voluntários - apesar do medo inicial da menor. "Foi divertido, animou mais o dia", disse.

O projeto, lançado com um vídeo emotivo que já teve mais de 125 mil visualizações, é considerado piloto e pode ser expandido para outros abrigos se der bons resultados.

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